ABC Dragonfly

ABC Dragonfly
Motor de avião
ABC Dragonfly
O motor ABC Dragonfly
Informações básicas
Tipo Motor radial
Fabricante ABC Motors
Origem  Reino Unido
Projetado por Granville Bradshaw
Primeiro teste 1920 (104 anos)
Quantidade
produzida
1,147
Especificações (Dragonfly IA)
Diâmetro (cilindro(s)) 139,7 mm (5,50 in)
Curso 165,1 mm (6,50 in)
Peso 263 kg (580 lb)
Deslocamento 22,78 l (0,804 ft³)
Trem de válvulas 3 válvulas OHV, 2 entradas e 1 saída por cilindro
Potência 340 hp (254 kW) @ 1650 rpm
Sistema de combustível Carburadores duplos
Sistema de óleo 2 bombas de óleo
Sistema de refrigeração Refrigeração a ar
Relação potência / peso 0.56 hp/lb
Notas
Dados de: Jane's Fighting Aircraft of World War I[1]

O ABC Dragonfly, foi um motor radial para aviões britânico desenvolvido no final da Primeira Guerra Mundial. Havia a expectativa de que esse motor apresentasse uma excelente performance, e foi encomendado em grande quantidade. No entanto, ele provou ser muito pouco confiável, e foi abandonado quando suas falhas ficaram impossíveis de ser corrigidas.[2]

Projeto e desenvolvimento

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A ABC Motors foi fundada em 1911 por Granville Bradshaw, que era também o projetista chefe da companhia. Em 1917, depois de testes promissores do motor radial refrigerado a ar ABC Wasp, Bradshaw projetou um motor de nove cilindros maior e mais potente, o Dragonfly.[3] O motor era simples e de fácil produção, com a previsão de fornecer 340 hp para um peso de 273 kg.[3] Uma característica exclusiva desse modelo era o uso de aletas de refrigeração recobertas de cobre, o que Bradshaw garantiu que iria impedir a água de ferver na superfície dos radiadores.[4]

Baseado na performance prometida, Sir William Weir, o diretor de duprimentos aeronáuticos, tomou a decisão de oficializar uma grande encomenda para o Dragonfly,[3] sendo 11.500 motores encomendados de 13 fornecedores em Junho de 1918.[4] O plano era de que uma grande parte dos aviões da RAF fossem impulsionados pelo Dragonfly em 1919. Modelos projetados para usar esse motor incluíram: o Sopwith Dragon (derivado do Snipe), o Nieuport Nighthawk, e o Siddeley Siskin. Dessa encomenda, 1.147 motores foram construídos mas apenas nove ou dez chegaram a voar.[5]

Testes demonstraram graves problemas com esse motor. Ele estava sujeito a superaquecimento extremo, as aletas recobertas de cobre se mostraram inúteis; o consumo de combustível era bem pior que o esperado; e sofria de vibrações severas, devido à ressonância do eixo de manivelas.[3] Esses problemas se mostraram sem solução, e o Dragonfly acabou sendo abandonado.

Referências

  1. Grey, C.G. (ed.). Jane's Fighting Aircraft of World War I. London, Studio, 1990. ISBN 1-85170-347-0.
  2. Lumsden 2003, p.52.
  3. a b c d Gunston 1986, p.8.
  4. a b Bruce 1974, p.292
  5. Lumsden 2003, p.53.

Ligações externas

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