Santo Adriano | |
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Mártir | |
Morte | 303, 304 ou 306 Nicomédia |
Veneração por | |
Principal templo | Igreja de Santo Adriano no Fórum, Roma |
Festa litúrgica |
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Atribuições | Representado armado, com bigorna nas mãos ou pés |
Padroeiro | Soldados |
Portal dos Santos |
Adriano (em latim: Adrianus) e Natália foram romanos do final do século III e começo do IV. Adriano era membro da guarda pretoriana e foi martirizado em Nicomédia sob ordens do imperador Galério (r. 293–311) após declarar publicamente que era cristão. Natália levou os restos mortais do marido para Argirópolis, perto de Bizâncio.
Adriano era membro da guarda pretoriana do imperador Galério (r. 293–311), segundo registros lendários e não verificados preservados em grego e latim. Em certa ocasião, esteve presente no julgamento e tortura de 22 cristão em Nicomédia. Diz-se que ficou tão abismado com a resiliência dos torturados que decidiu declarar-se cristão em público, apesar de não ser batizado. Sua esposa Natália, com quem estava casado há 13 meses, foi informada do ocorrido e visitou na prisão, onde beijou suas correntes e tratou-o. Ele a mandou para casa, prometendo mantê-la informada. Quando soube que ia ser morto, pagou ao guarda da prisão para deixá-lo ir cumprimentar sua esposa, mas quando o viu, pensando que havia negado sua fé, ela bateu a porta na sua cara. Ele explicou que os outros prisioneiros haviam sido feitos reféns até ele retornar e voltaram juntos à prisão.[1][2]
Natália vendou os ferimentos dos prisioneiros e cuidou deles por uma semana. Adriano foi levado perante o imperador, mas recusou-se a sacrificar aos ídolos, depois foi chicoteado e levado à sua cela. Outras mulheres seguiram o exemplo de Natália, mas Galiano impediu que entrassem. Então Natália cortou o cabelo, vestiu-se como homem e entrou.[2] Quanto a sua execução, as fontes divergem. Segundo uma versão, seu corpo foi quebrado e então jogado no fogo;[3] noutra, seu corpo foi quebrado com uma bigorna e então decapitado, morrendo nos braços de Natália;[4] numa terceira, após ser quebrado, seu corpo foi jogado ao fogo e Natália teve que ser impedida de se jogar nas chamas. Na última versão, diz-se que uma tempestade apagou o fogo, permitindo aos cristãos recolherem os restos mortais dele e dos outros mártires.[1] Sua morte foi datada em 303,[4][5] 304[1] e 306.[3] Alguns autores modernos consideram que houve mais de um mártir de nome Adriano na Nicomédia, este martirizado sob Galério e outro sob Licínio (r. 308–324).[1]
Alguns versões colocam que os cristãos levaram seus restos mortais para Argirópolis, no Bósforo, perto de Bizâncio, e que Natália foi para lá com a mão do marido que recuperara; noutra versão, foi a própria que levou seus restos para Argirópolis antes de serem transladados à Igreja de Santo Adriano no Fórum, no Fórum Romano, em Roma. Quando Natália morreu, foi sepultada junto do marido.[1] A translação de seu corpo é celebrada em 8 de setembro. O Martirológio Romano menciona-o em 4 de março e 26 de agosto, a mesma data no Menaion. [3] Natália é celebrada consigo em 8 de setembro[4] e 1 de dezembro.[1] Adriano é geralmente representado armado, com uma bigorna em suas mãos ou pés. Seu culto é muito forte em Flandres, Alemanha e norte da França.[4]