Agrias | |||||||||||||||||
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Prepona claudina (ex A. claudina) macho, vista superior (esquerda) e inferior (direita). Foi a primeira espécie descrita, em 1824, com a denominação de Nymphalis claudina, e considerada espécie-tipo do gênero.[1]
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Classificação científica | |||||||||||||||||
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Espécies | |||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||
Prepona Boisduval, 1836[2] |
Agrias (incluído ao gênero Prepona Boisduval, 1836 a partir do início do século XXI)[2][4] foi um gênero, proposto por Henry Doubleday em 1844, de borboletas neotropicais da família Nymphalidae e subfamília Charaxinae, distribuídas do México à região sul do Brasil, em floresta tropical e subtropical úmida[1][5]; se alimentando de substâncias vegetais fermentadas, como em frutos do solo, ou em exsudação, ou até mesmo em cadáveres de peixes ou estrume de mamíferos[6][7]; com lagartas que se alimentam de folhas de plantas dos gêneros Erythroxylum, Hirtella, Ouratea, Quiina e Vantanea.[1][8] Estão entre os Lepidoptera diurnos mais vividamente marcados e belos do mundo, com tonalidades de vermelho ou vermelho-rosado, laranja, amarelo e tons esverdeados, combinando com um intenso azul ou negro-amarronzado. Também são reconhecidas pelas suas fortes asas estampadas por baixo, raramente as abrindo quando em repouso.[6][7][9] Suas poucas espécies (5 dentre as 13 espécies de Prepona), dotadas de voo poderoso em dossel florestal, não são encontradas na face oeste da cordilheira dos Andes, entre o Equador e Bolívia, e são dotadas de ampla variabilidade de formas, ou subespécies[5][6]; com variações locais e regionais em grande quantidade, em função do clima, da composição do solo, das plantas que servem de alimento às suas larvas e inúmeros outros fatores.[10]
Machos de todas as espécies de Agrias possuem proeminentes tufos amarelos de escamas de androcônia em suas asas posteriores, que produzem feromônios atraentes às fêmeas para a cópula.[6][7] Fêmeas podem ser maiores que os machos, embora menos vistosas.[11]
De acordo com os lepidopterologistas Mirna M. Casagrande e Olaf H. H. Mielke, em artigo científico da década de 1990 sobre Agrias, as borboletas deste gênero são as mais cobiçadas pelos colecionadores, causando, eventualmente, pressões negativas sobre as suas populações.[8] Luiz Soledade Otero, no ano de 1986, já citava sobre uma espécie de Agrias (A. claudina) que "desapareceu há 30 anos das matas da cidade do Rio de Janeiro devido à coleta intensiva e sistemática, assim como a fatores ambientais alterados".[12]
Using data from DNA sequences, Ortiz-Acevado and Willmott (2013) classified Preponini as follows: two genera were synonymized, Noreppa to Archaeoprepona and Agrias to Prepona.