Al Qaws | |
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Fundação | 2007 |
Motivos | Defesa dos direitos LGBT+ na Palestina |
Área de atividade | Palestina |
Sede | Jerusalém Oriental |
Sítio oficial | alqaws |
Al Qaws pela Diversidade Sexual e de Gênero na Sociedade Palestina (em árabe: القوس للتعددية الجنسية والجندرية في المجتمع الفلسطيني; romaniz.: O Arco[-íris] do Pluralismo Sexual e de Gênero na Sociedade Palestina), frequentemente chamada simplesmente de Al Qaws, alQaws ou, em português, O Arco, é uma organização da sociedade civil palestina baseada no ativismo de base que tem como objetivo liderar a mudança cultural e social no país. A organização trabalha na defesa de direitos LGBT+, construindo comunidades e promovendo novas ideias sobre os papéis do gênero e da diversidade sexual no ativismo político, nas instituições, na sociedade civil, na mídia e na vida cotidiana. A organização se descreve como "queer-feminista " e, em relação aos territórios ocupados por Israel, "anticolonial" .[1]
Em agosto de 2019, a Al Qaws foi proibida de operar na Cisjordânia. A proibição foi posteriormente retirada no final do mesmo mês.[2][3]
Em 2001, a organização começou como um projeto local independente formado pela Jerusalem Open House. O grupo se separou e foi formalmente estabelecido como alQaws em 2007, tornando-se rapidamente a principal organização não-governamental em defesa dos direitos direitos LGBT+ na Palestina.[4]
A alQaws atua promovendo espaços de trabalho e programas em diversas regiões da Palestina, incluindo comunidades rurais e urbanas. Suas atividades envolvem atendimento telefônico de apoio a pessoas transgênero, eventos "Hawamesh" para discutir sexualidade e um programa de formação de líderes em escolas, grupos de jovens e organizações de direitos humanos palestinas.[5]
Em 2011, a alQaws, a Aswat e a ativista LGBT+ Sarah Schulman realizaram um evento na Palestina, onde organizaram a ida de uma uma delegação de pessoas LGBT+ dos Estados Unidos para o país.[6]
No ano seguinte, a delegação publicou o documento “Uma Carta Aberta às Comunidades LGBT+ na Ocupação Israelense da Palestina”, motivada pela necessidade de desafiar o uso estratégico do chamado "pinkwashing", prática em que Israel promove políticas pró-LGBT+ para desviar a atenção das contínuas violações de direitos humanos contra palestinos. A carta denuncia a tentativa de dissociar a luta por direitos de gênero e sexualidade da resistência anticolonial, afirmando que a verdadeira liberdade LGBT+ só pode ser alcançada em conjunto com a justiça social e o fim da ocupação. O documento conclama as comunidades LGBT+ globais a reconhecer a interseccionalidade dessas lutas e a se posicionar contra a instrumentalização das pautas identitárias como ferramenta para encobrir opressões sistêmicas, defendendo uma solidariedade baseada no respeito à autodeterminação e nos direitos humanos universais.
Em 2013, o alQaws reuniu 70 palestinos, incluindo cantores e técnicos musicais, com o objetivo de se aproximar de jovens palestinos através da música e da cultura pop. Em 2014, a Al Qaws assinou conjuntamente com outras organizações civis um documento que apelava a uma investigação sobre os crimes de guerra cometidos por Israel durante a intitulada Operação Margem Protetora. Em abril de 2019, a alQaws, juntamente com o grupo ativista Pinkwatching Israel, apelaram a um boicote ao Festival Eurovisão da Canção 2019, realizado em Israel, em oposição ao "pinkwashing".[5][7][8]
Em 26 de julho de 2019, um adolescente de 16 anos da cidade de Tamra, na Galileia, foi esfaqueado pelo seu irmão perto de um abrigo para jovens LGBT+ devido à sua orientação sexual/identidade de gênero. O acontecimento foi objeto de considerável debate na sociedade palestina, levando a uma declaração divulgada no dia seguinte pela alQaws e assinada por mais de trinta instituições palestinas condenando a violência contra pessoas com diferentes orientações sexuais e de gênero. O debate público também levou a uma manifestação liderada pela alQaws em 1º de agosto de 2019, em parceria com várias organizações LGBT+ e feministas palestinas, tendo mais de 200 pessoas presentes na Praça Al-Aseer, em Haifa.[9][10][11][12]
Atualmente, a organização está vinculada a quatro centros localizados nas cidades de Haifa, Jerusalém Oriental, Jafa e Ramala.[1]
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Parte da série sobre os |
Direitos LGBT |
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