Alastair Crooke | |
---|---|
![]() Alastair Crooke em 2009.
| |
Nome completo | Alastair Warren Crooke |
Nascimento | Alastair Crooke 30 de junho de 1949 (75 anos) |
Residência | Beirute |
Cidadania | Grã-Bretanha |
Filho(a)(s) | 5 |
Alma mater | Universidade de St. Andrews |
Profissão | Diplomata, agente secreto, escritor. |
Agência | MI6 |
Alastair Warren Crooke CMG, (nascido em 30 de junho de 1949),[1] é um ex-diplomata britânico e um ex-agente do MI6. É também o fundador e diretor do Conflicts Forum, em Beirute.[2]
Escreve com frequência artigos para a Strategic Culture Foundation.[3]
Crooke nasceu na Irlanda, filho de Frederick Montague Warren e Shona Ann Thomson.[1] Seu irmão mais velho era Ian WT Crooke, que se tornou um oficial do SAS, chegando a comandar o 23º Regimento de Serviço Aéreo Especial.[4][5] Crooke foi criado principalmente na Rodésia (atual Zimbábue).[6] Estudou no Aiglon College, na Suíça,[7] e na Universidade de St. Andrews (1968–1972), na Escócia, onde obteve um mestrado em Política e Economia.[1]
No início da carreira, Crooke trabalhou no setor bancário de Londres por alguns anos.[6]
Depois, Crooke trabalhou quase 30 anos no Serviço Secreto de Inteligência (MI6),[8] sob disfarce diplomático na Irlanda do Norte, África do Sul, Colômbia, Paquistão e Médio Oriente. Seu trabalho inicial incluiu ajudar a fornecer armas aos jihadistas que lutavam contra os soviéticos no Afeganistão e auxiliar no processo de paz na Irlanda do Norte.[6][9]
Em 1997, tornou-se conselheiro de segurança do representante especial da UE para o Médio Oriente e, operando a partir da Embaixada Britânica em Tel Aviv, participou das tentativas britânicas de atrair o Hamas, a Jihad Islâmica e outros grupos palestinos para o processo político.[10] Participou das negociações para pôr fim ao cerco do exército israelense ao complexo de Yasser Arafat em Ramallah e à Igreja da Natividade em Belém. No início dos anos 2000, auxiliou na negociação de diversas tréguas locais entre israelenses e palestinos. Crooke tinha bons contatos com os serviços militares e de inteligência israelenses.[10]
Foi membro do Comitê Mitchell sobre as causas da Segunda Intifada em 2000.[11][12]
Em 2001, o embaixador britânico em Israel, Francis Cornish, descreveu-o como "uma pessoa que trabalhou com os aparatos de segurança dos dois lados. Entrou em ação depois de eles pararem de confiar uns nos outros, e desenvolveu uma habilidade especial para persuadi-los da lógica das coisas e para superar a falta de confiança entre si". Crooke teve um papel central no estabelecimento de um cessar-fogo do Hamas em 2002.[10]
Seu passado no MI6 foi exposto por um jornal israelense em 2002.[9] Em setembro de 2003, foi-lhe ordenado que deixasse o Oriente Médio, contra a sua vontade, por “razões de segurança pessoal”, tendo um porta-voz da embaixada britânica dito: “Cremos que ele fez um trabalho muito difícil em condições difíceis e o fez com excelência”.[10]
Na lista de honrarias do Ano Novo de 2004, foi agraciado com o CMG por serviços prestados ao avanço do processo de paz no Oriente Médio.[13]
Em 2009, publicou o livro Resistance: The Essence of the Islamist Revolution, no qual fornece informações sobre o que ele chama de "Revolução Islâmica" no Médio Oriente, ajudando a oferecer insights estratégicos sobre as origens e a lógica dos grupos islâmicos que adotaram a resistência militar como táctica, incluindo o Hamas e o Hezbollah.[6][14]
Desde 2018, publica artigos na Strategic Culture Foundation e aparece com frequência no programa "Judging Freedom", de Andrew Napolitano.
Crooke se casou em 1976, teve três filhos e se divorciou. Desde 2005, ele vive em Beirute com sua companheira, com quem teve um filho e uma filha, casando-se novamente em 2012.[1][6]