Os albiões[1] ou álbiones[2] (em latim: Albiones ou Albioni) eram um antigo povo galaico, do Convento Lucense, que se situariam na costa entre as margens dos rios Navia e Eo, nas Astúrias ocidental.[3][4] A leste faziam fronteira com os também ástures pésicos.[5]
É possível que o nome albionis tenha por origem uma raiz celta *albiyo- "mundo (superior)" ou "país".[6] Pode estar relacionado também com Albion, vindo do indoeuropeu *albho-, "branco". O nome da tribo como "albiões" significaria "donos do Mundo".[2]
Os albiões são mencionados como gens em Plínio, o Velho, 4, 20.111 e indicando que viviam a oeste do rio Navia;[7] Cláudio Ptolomeu nomeia o mesmo rio como Navialbião (Navialbión), confirmando a localização desta tribo. De acordo com J. EU. Maya, os albiões, os egobarros e os cibarcos eram constituídos por vários castros ligados ou confederados entre si.[8]
O castro de Coaña devia ser provavelmente a sua capital.[9]
XP NICER CLUTOSI Ɔ CARI ACA PRINCI PIS AL BIONU M AN LXXV HIC S EST |
XP Nicer (filho) de Clutoso (do castro) de Cariaca, príncipe dos albiões, de 75 anos, jaz aqui.[10] |
A Estela de Nícer é uma estela funerária encontrada em 1932 no município asturiano de Veiga, na foz do rio Eo. A inscrição é dedicada a Nícer, um "príncipe" dos albiões (principis Albionum), o que sugere que poderiam estender-se até este último rio, onde, no final, encontrariam os evígarros, outro povo galaico. A estela está exposta no Museu Arqueológico das Astúrias, em Oviedo.
Não há acordo sobre sua datação. O fato de a pessoa a que se refere ser de uma tribo pré-romana poderia datá-lo do século I, mas o aparecimento do cristograma que coroa a epígrafe indica que poderá ser posterior.