Amortecimento constante ou de Coulomb é o que ocorre quando o atrito é seco, isto é, quando atritam entre si dois sólidos sem lubrificação.
Nas estruturas usuais, em muitos casos, a maior dissipação de energia ocorre nas juntas e conexões estruturais. Essa dissipação ocorre devido ao escorregamento entre superfícies vizinhas e depende apenas da força normal que existe na interface e do coeficiente de atrito entre as superfícies. Para esse caso, o amortecimento de Coulomb ou atrito de Coulomb, proporciona um mecanismo para dissipação de energia sob um deslocamento cisalhante cíclico, ou seja, para cada ciclo de deslocamento há uma perda constante de energia, independentemente da velocidade com a qual este deslocamento se realiza (Lazan,1960). A força de amortecimento produzida por este tipo de mecanismo sempre se opõe ao movimento, ou seja, o sentido do vetor força é sempre oposto ao do vetor velocidade, e é dada por
𝐹 = 𝜇𝑁
onde µ é o coeficiente de atrito entre as superfícies e N é a força normal existente entre elas.
Para o caso de uma vibração livre, utilizando o modelo do amortecimento de Coulomb, observa-se que a amplitude decai linearmente com o tempo:
Vê-se que esse é um mecanismo de amortecimento muito eficaz, que acarreta, porém, vários problemas para a vida da estrutura. Os efeitos de corrosão e deterioração na região onde ocorre o escorregamento, adicionados aos problemas de fadiga do material quando a estrutura trabalha próxima da ressonância, são fatores que devem ser muito bem estudados e mitigados através de soluções construtivas adequadas.
Características de um sistema com amortecimento Coulomb: