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A angiografia (arteriografia) cerebral é uma técnica utilizada para a detecção de anomalias dos vasos sanguíneos cerebrais - como sejam uma dilatação arterial (aneurisma), uma inflamação (arterite), uma configuração anormal (malformação arteriovenosa) ou uma obstrução vascular (acidente vascular cerebral). Foi inventada pelo médico português António Egas Moniz, que a realizou pela primeira vez com sucesso num doente vivo em 1927.
É injectado contraste radiopaco (substância visível com o Raio X) numa artéria que irriga o cérebro, revelando assim o padrão do fluxo sanguíneo cerebral nas radiografias. A Ressonância Magnética também pode ser utilizada para mostrar o padrão do fluxo sanguíneo das artérias do pescoço e da base do cérebro, mas as imagens apresentam uma qualidade inferior às da angiografia cerebral.
Numa primeira fase, a encefalografia arterial consistia em injectar na artéria carótida uma solução de iodeto de sódio a 25% com exposição simultânea do crânio aos raios X, permitindo a visualização em imagem radiográfica do sistema arterial do cérebro.
Parte dos trabalhos experimentais, nomeadamente os ensaios em animais vivos (cães), foram feitos no Instituto Rocha Cabral.
Muito antes de ter sido galardoado em 1949 com o Nobel de Fisiologia ou Medicina pela descoberta da leucotomia pré-frontal no tratamento de certas psicoses, António Egas Moniz foi proposto quatro vezes (1928, 1933, 1937 e 1944) para o Prémio Nobel, todas elas a propósito da descoberta da angiografia cerebral, acumulando com a leucotomia pré-frontal em 1937 e 1944.