A Apologia da Confissão de Augsburgo foi escrita por Filipe Melâncton, durante e após a Dieta de Augsburgo, de 1530, como resposta à Refutação Pontifícia da Confissão de Augsburgo. Carlos V remeteu a resposta católica oficial à luterana Confissão de Augsburgo, de 25 de junho de 1530. Ela foi concebida para ser uma defesa da Confissão de Augsburgo e uma refutação da Refutação Pontifícia. Foi assinada como uma confissão de fé, conduzindo os magnatas e o clero luterano na reunião da Liga de Esmalcalda, em fevereiro de 1537,[1] e, posteriormente, incluída nas versões alemã [1580] e latina [1584] do Livro de Concórdia. Como o documento mais longo do Livro de Concórdia, oferece de forma mais detalhada as respostas luteranas daquele dia ao catolicismo romano, bem como uma extensa exposição luterana da doutrina da Justificação.
As principais seções da Apologia estão listadas abaixo, juntamente com o artigo da Confissão de Augsburgo que Melâncton defende.
1. A respeito do Pecado Original — Artigo II
2. A respeito da Justificação — Artigo IV
3. A respeito do Amor e do Cumprimento da Lei
4. A respeito da Igreja — Artigos VII e VIII
5. A respeito do Arrependimento — Artigo XII
6. A respeito da Confissão e Absolvição
7. A respeito do Número e da Utilização dos Sacramentos — Artigo XIII
8. A respeito das Tradições Humanas na Igreja — Artigo XV
9. A respeito da Invocação dos Santos — Artigo XXI
10. A respeito das Duas Espécies na Eucaristia — Artigo XXII
11. A respeito do Casamento de Sacerdotes — Artigo XXIII
12. A respeito da Missa — Artigo XXIV
13. A respeito dos Votos Monásticos — Artigo XXVII
14. A respeito do Poder Eclesiástico — Artigo XXVIII
Ele também se refere a alguns dos outros artigos da Confissão de Augsburgo, que não necessitam de uma ampla defesa. Estes artigos são I, III, XVI, XVII, XVIII, XIX e XX.
A primeira edição da Apologia da Confissão de Augsburgo foi publicada entre o final de abril e o início de maio de 1531[2], no formato de quarto. Melâncton continuou a revisá-lo, especialmente no artigo sobre a justificação, e emitiu uma segunda edição, em setembro de 1531, que foi publicada no formato octavo. Alguns estudiosos acreditam que a segunda edição é a melhor edição da Apologia.[3] A coleção formal de confissões da Igreja Luterana, no Livro de Concórdia, referem-se à primeira edição da Apologia, quando é citada na Declaração Sólida da Fórmula de Concórdia. A edição germânica de 1580 do Livro de Concórdia usou a tradução da Apologia preparada por Justus Jonas, que que a declarou livremente baseada na edição posterior de Melâncton. A edição latina, de 1584, do Livro de Concórdia usa a primeira edição (editio princeps) da Apologia, seguindo a decisão tomada pelos domínios luteranos e governantes na Dieta de Naumburgo, em 1560, de usar apenas esta edição.
A questão de qual é o "texto oficial" da Apologia surge em conexão com a tradução inglesa do texto, na "Edição Kolb-Wengert", de 2000, de O Livro de Concórdia. Os tradutores e editores desta edição fizeram da edição em octavo a principal fonte para a sua tradução em inglês, porque eles acreditam ser a "versão oficial " da Apologia.[4] Eles incluíram traduções inglesas de leituras variantes da edição em quarto em itálico. Estudiosos questionam se este texto poderia ser a atual confissão luterana, especialmente desde que foi a edição in quarto, que foi deliberadamente incluída na versão oficial latina de 1584 do Livro de Concórdia até a exclusão da edição em octavo.[5] Todas as outras traduções inglesas do Livro de Concórdia utilizam a edição em quarto.