O guaritá (nome científico: Astronium graveolens) é uma espécie arbórea da família das anacardiáceas. Outros nomes populares são: gibatão, aderno, pau-ferro, aroeirão e gonçalo-alves.
É considerada árvore símbolo de Pirapó conforme lei nº 883, de 8 de junho de 2004.[1]
- Solo: terrícola[2], ocorre em agrupamentos descontínuos em terrenos rochosos e secos[3], de textura argilosa a arenosa e também em terra roxa estruturada. É indicador de solos pobres com textura arenosa.[4]
- Altura: atinge de 15 a 20 metros de altura. Tronco liso com 40 a 60 centímetros de diâmetro. Madeira pesada (0,97g/cm³) e resistente.[3]
- É tolerante a secas temporárias[5].
- Ciclo de vida: possui ciclo de vida longo, acima de 50 anos, com tempo de crescimento moderado. Aos dois anos atinge de 2 a 3 metros[3]. Aos 12 anos, pode atingir até 9,46 metros de altura.[5]
- Informações ecológicas: Decídua, heliófita ou esciófita.
- Fenologia: floresce entre agosto e setembro, com a planta completamente despida de suas folhas. Os frutos amadurecem entre outubro e novembro.[3]
- Grupo sucessional: secundária inicial.[6]
- Síndrome de dispersão: anemocoria.
- Densidade da copa: média.[4]
- Origem: nativa do Brasil.
- Distribuição geográfica: ocorre em todos os estados brasileiros, exceto Roraima, Amapá, Rio Grande do Norte, Paraíba, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
- Vegetação: Área Antrópica, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial).[2]
- Tipos de plantio: Recomenda-se o plantio por mudas ou semeadura direta, sendo que a taxa de germinação e de sobrevivência é ótima[5].
- Espaçamento: 2x2m, 3x2m ou 3x3m em plantio misto.[5]
- Obtenção de sementes: Os frutos devem ser colhidos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea, cortando-se toda a inflorescência.[3]
- Produção de mudas: as sementes não necessitam nenhum tratamento antes da germinação. Devem ser semeadas em substrato organo-argiloso em canteiro semi-sombreado. A emergência ocorre entre 8 e 14 dias com taxa de germinação superior a 80%.
A madeira pode ser colhida de 30 a 40 anos depois do plantio. É considerada madeira de lei. O valor da madeira em pé é estimado entre R$136,00 a R$570,00 (média entre os anos 2014/2015).[5]
A madeira é usada para acabamentos internos e construções externas, dormentes, mourões, postes, esquadrias, etc. Produz lenha de boa qualidade.[5] As flores são melíferas.
Referências
- ↑ «LEI Nº 883, DE 08 DE JUNHO DE 2004». Pirapó
- ↑ a b «Flora do Brasil 2020». Reflora. Consultado em 22 set 2021
- ↑ a b c d e Lorenzi, Harri (1992). Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil, vol. 1. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum. p. 3
- ↑ a b «Espécies - Portal Embrapa». www.embrapa.br. Consultado em 23 de setembro de 2021
- ↑ a b c d e f FILHO; SARTORELLI, Eduardo Malta Campos; Paolo Alessandro Rodrigues (2015). Guia de árvores com valor econômico. São Paulo: Agroicone. p. 104
- ↑ DIAS NETO, Olavo Custódio (2009). «Estrutura fitossociológica e grupos ecológicos em fragmento defloresta estacional semidecidual, Uberaba, Minas Gerais, Brasil». Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Rodriguésia, v. 60, n. 4: 1087 - 1100. doi:10.1590/2175-7860200960418