BAT Brasil | |
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Razão social | Souza Cruz LTDA. |
Empresa de capital fechado | |
Atividade | Tabaco |
Fundação | 25 de abril de 1903 (121 anos) |
Fundador(es) | Albino Sousa Cruz |
Sede | Rio de Janeiro |
Área(s) servida(s) | Em todo o Brasil |
Proprietário(s) | British American Tobacco |
Presidente | Victor Loria |
Empregados | 240,000 |
Produtos | Cigarros |
Lucro | US$ 719.4 milhões (2013) |
Faturamento | US$ 2.6 bilhões (2013) |
Website oficial | https://www.batbrasil.com/ |
BAT Brasil,[1] anteriormente conhecida como Souza Cruz, é uma industria de cigarros brasileira, atual subsidiária da British American Tobacco no Brasil.
Foi fundada pelo imigrante português Albino Sousa Cruz no dia 25 de abril de 1903, na cidade do Rio de Janeiro. A empresa foi pioneira na fabricação mecanizada do Brasil, colocando em funcionamento a primeira máquina de produção de cigarros já enrolados.[2] A fábrica começou num sobrado, na Rua Gonçalves Dias, no Centro da cidade, com apenas 16 funcionários.
Em 1910, a Souza Cruz adquiriu a "Imperial Fábrica de Rapé Paulo Cordeiro" e com a aquisição, a empresa passou a ter seu primeiro parque fabril.[3]
Em 1914, o grupo foi transformado em uma sociedade anônima, quando Albino Souza Cruz passou o controle acionário da sua empresa à British American Tobacco, grupo britânico e maior empresa de tabaco do mundo. Esta mudança alavancou o crescimento da Souza Cruz, levando-a a se tornar a maior indústria de fumo da América Latina.[carece de fontes]
Na década seguinte, a Souza Cruz seguiu com sua expansão: primeiro, em 1926, adquiriu a "Lithográfica Ferreira Pinto", criando seu parque gráfico do Rio de Janeiro e passando a produzir internamente as embalagens dos seus produtos. Já no ano seguinte foram inauguradas as primeiras fábricas fora do Rio, em Salvador e São Paulo[4].
Estreando na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro em 1946 e na Bolsa de São Paulo em 1957, a Souza Cruz não tem mais suas ações comercializadas desde 1º de dezembro de 2015, quando o grupo BAT, que detinha 75,3% das ações da empresa, realizou a recompra dos 24,7% do capital, tornando a Souza Cruz uma sociedade anônima de capital fechado. Ao sair do mercado de ações, a Souza Cruz chegou a ser considerada a melhor empresa da história da Bovespa, a Bolsa de Valores de São Paulo[5].
A Souza Cruz atua em todo o ciclo da cadeia produtiva, desde a produção e processamento do tabaco, até a fabricação e distribuição de cigarros, passando por pesquisa e produção. Sua estrutura é responsável pelo abastecimento direto de mais de 210 mil pontos de venda, em 93% dos municípios brasileiros, constituindo a mais complexa operação de distribuição do Grupo BAT[6].
A Souza Cruz possui uma joint venture: a Brascuba, uma parceria entre a Souza Cruz e a estatal cubana, Tabacuba[7]. Fundada em 1995, a Brascuba é dedicada à produção e exportação de cigarros e com 600 colaboradores, é líder do mercado interno de cigarros, com 50% de participação. A empresa produz por ano cerca de 4,5 bilhões de cigarros, sendo 4 bilhões para o mercado interno e 500 milhões para exportação (Brasil, Espanha, Oriente Médio e Ásia). Atualmente comercializa cinco grandes marcas: Popular e H.Upmann (locais), além de Hollywood, Lucky Strike e Dunhill.
O incentivo à cultura por parte da Souza Cruz se iniciou em 1916, com a criação da Revista Souza Cruz, uma publicação mensal com cronistas e escritores conceituados. Veiculada até 1935, a Revista Souza Cruz trazia em suas páginas grandes nomes da nossa literatura, com poesias, contos e crônicas inéditos.
Décadas depois, foi a vez da Souza Cruz investir na música, criando festivais como o Hollywood Rock, que reunia grandes nomes da música brasileira e internacional e o Free Jazz Festival, que trazia atrações nacionais e estrangeiras de diferentes vertentes musicais. Outro projeto foi o Carlton Dance Festival, que trouxe para o Brasil companhias de dança de várias partes do mundo[9].
Em 2007, a Souza Cruz foi condenada a indenizar uma fumante mineira em R$ 200 mil por doenças causadas pelo fumo que a cliente consumiu por vários anos.[10] Em 2016, a empresa foi condenada, pela justiça de São Paulo, a indenizar por danos morais em R$ 20 mil, uma funcionária pública aposentada de 83 anos pelo “nexo causal” de suas doenças pulmonares com o cigarro, pois a aposentada fumou, por mais de 50 anos, cigarros da marca.[11]
Em 2017, a empresa foi condenada pelo Vara do Trabalho de Ribeirão Preto ao pagamento de indenização por danos morais coletivos aos seus funcionários, em mais de R$ 2 milhões por jornadas de trabalhos irregulares dentro de sua filial de Ribeirão Preto.[12]