O Barroco Flamengo refere-se à arte produzida nos Países Baixos do Sul durante o domínio espanhol dos séculos XVI e XVII. Esse período começa aproximadamente quando a República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos separa-se das regiões dominadas pela Casa de Habsburgo da Espanha e vai até 1700, quando morre Carlos II de Espanha.[1] A cidade de Antuérpia abrigava artistas proeminentes, tais como Peter Paul Rubens, Anthony van Dyck e Jacob Jordaens, com produção artística também em outros locais como Bruxelas e Ghent.[1] A colaboração de vários artistas locais na produção de uma mesma obra era comum na época. Os temas mais importantes nas pinturas eram aqueles relacionados à religião, à mitologia, à vida cotidiana e à História, retratados de forma monumental. A natureza-morta, os retratos, as paisagens e as cenas de caça também eram gêneros populares.
Embora as obras produzidas no final do século XVI pertençam ao chamado Maneirismo Nórdico, artistas tais como Otto van Veen, Adam van Noort, Marten de Vos e a Família Francken foram importantes em estabelecer as bases do Barroco local.
Peter Paul Rubens (1577–1640), aprendiz de Otto van Veen and Adam van Noort, passou oito anos na Itália estudando exemplos de clássicos da Antiguidade da Renascença Italiana e dos contemporâneos Adam Elsheimer e Caravaggio. Ao voltar para Antuérpia, abriu um ateliê e e treinou aprendizes como Anthony van Dyck.
Após a morte de Rubens, Jacob Jordaens tornou-se o mais importante pintor flamengo. Muitos artistas viajaram para a Itália, adotando o estilo do pintor holandês Pieter van Laer. Conhecidos como Bamboccianti, esses pintores especializaram-se em cenas rústicas da vida cotidiana em Roma e arredores, formando uma guilda denominada Bentvueghels.