Benedetto Accolti | |
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Nascimento | 1415 Arezzo |
Morte | 26 de setembro de 1464 (48–49 anos) Florença |
Filho(a)(s) | Bernardo Accolti, Pietro Accolti |
Irmão(ã)(s) | Francesco Accolti |
Ocupação | humanista do Renascimento, historiador, advogado |
Empregador(a) | Universidade de Florença |
Benedetto Accolti (Arezzo, 1415 — Florença, 26 de setembro de 1464)[1] foi um jurisconsulto, humanista e historiador italiano.
Accolti nasceu em Arezzo, Toscana, de uma família proeminente. Vários membros dessa família tiveram destaque no campo do Direito.[2]
Foi por algum tempo professor de Direito na Universidade de Florença, e após a demissão do renomado humanista Poggio Bracciolini da chancelaria florentina por incompetência, em 1456, e de um interregno de dois anos, Accolti tornou-se Chanceler da República de Florença, em 1458.[2]
A memória de Accolti era prodigiosa. Tendo, um dia, ouvido um discurso do embaixador do rei da Hungria para o governo de Florença, passou a repeti-lo, palavra por palavra.[2]
Accolti escreveu em latim a história da Primeira Cruzada, intitulada De Bello a Christianis contra Barbaros gesto pro Christi Sepulchro et Judaea recuperandis libri IV (1464), ou "Sobre a guerra exercida pelos cristãos contra os bárbaros, pela recuperação do Sepulcro de Cristo, e da Judeia", que é dito ter servido de base histórica para o trabalho de Torquato Tasso, em "Jerusalém Libertada". Outra obra de Accolti, um "Diálogo" (1461-63), foi publicado em Parma em 1689; neste trabalho o autor compara as conquistas dos modernos com a dos antigos, a fim de provar que os primeiros são, em nenhum aspecto inferiores aos últimos. As duas obras foram dedicadas a membros da família Médici, o "Diálogo" para Cosimo "il vecchio", a história para seu filho Piero.[2]
Francesco, o irmão mais jovem de Accolti, foi também um ilustre jurisconsulto. Seu filho Pietro tornou-se um cardeal, enquanto que outro filho, Bernardo, foi um notável poeta vernacular. Benedetto Accolti, o Jovem, neto do chanceler, também tornou-se cardeal.[2]