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Bernardo de Monteagudo | |
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Bernardo de Monteagudo, por V.S. Noroña | |
Ministro(a) de Governo e Relações Exteriores do Peru | |
Período | 25 de outubro de 1821 a 26 de outubro de 1822 |
Dados pessoais | |
Nome completo | Bernardo José de Monteagudo y Cáceres |
Nascimento | 20 de agosto de 1789 São Miguel de Tucumã, Vice-Reino do Rio da Prata |
Morte | 28 de janeiro de 1825 (35 anos) Lima, Peru |
Bernardo José Monteagudo (Tucumã, 20 de agosto de 1789 — Lima, 28 de janeiro de 1825) foi um advogado, político, jornalista, militar e revolucionário argentino que participou dos processos independentistas no Rio da Prata, Chile e Peru.
Foi um dos primeiros promotores da independência hispano-americana[1][2][3][4] e, com 19 anos, foi um dos líderes da Revolução de Chuquisaca de 25 de maio de 1809, de cuja proclama foi o redator.
Vinculado aos "jacobinos argentinos" da Revolução de Maio, em especial ao portenho Juan José Castelli, esteve no grupo dos revolucionários que aderiu ao setor mais radical do movimento independentista. Em 1811 foi autor do primeiro projeto de constituição do Cone Sul americano. No ano de 1812, reorganizou a Sociedade Patriótica do partido morenista e ingressou à Logia Lautaro, da qual fizeram parte também Bernardo O'Higgins e José de San Martín.
Atuou de maneira influente no Segundo Triunvirato, na Assembleia do ano XIII, da qual foi membro, e no governo do Diretor Supremo das Províncias Unidas do Rio da Prata, Carlos Maria de Alvear.
Acompanhou o general José de San Martín como auditor do Exército dos Andes e seria, de acordo com suas próprias afirmações - contudo, são rejeitadas por parte da historiografia chilena - o redator da Acta de Independência de Chile, que proclamou como líder Bernardo O’Higgins, em 1818. No Peru foi ministro da Guerra e da Marinha e, depois, foi também ministro do Governo e das Relações Exteriores de San Martín, durante o primeiro governo independente do país.
Depois do retiro de San Martín, colaborou com o libertador Simón Bolívar. Desenvolveu uma visão americanista da revolução hispano-americana, que levou a propor e desenhar a organização de uma grande nação com os territórios que tinham pertencido à coroa espanhola. Seu ideário confundiu-se com o sonho de Bolívar, o qual convocou o Congresso do Panamá para estabelecer uma confederação que incorporava todos os estados da América.
Fundou e dirigiu jornais independentistas em três países: a Gazeta de Buenos Aires, Mártir o Libre e El Grito del Sud, na Argentina; El Censor de la Revolução, no Chile; e El Pacificador, no Peru.
Monteagudo morreu assassinado em Lima, no Peru, com 35 anos. Sua figura tem sido e continua sendo objeto de controvérsia.