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Freguesia | ||||
Travessa da Consolação em Boliqueime | ||||
Símbolos | ||||
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Localização | ||||
Localização no município de Loulé | ||||
Localização de Boliqueime em Portugal | ||||
Coordenadas | 37° 07′ 00″ N, 8° 09′ 00″ O | |||
Região | Algarve | |||
Sub-região | Algarve | |||
Distrito | Faro | |||
Município | Loulé | |||
Código | 080804 | |||
Administração | ||||
Tipo | Junta de freguesia | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 46,21 km² | |||
População total (2021) | 4 789 hab. | |||
Densidade | 103,6 hab./km² |
Boliqueime é uma freguesia portuguesa e vila do município de Loulé[1], com 46,21 km² de área[2] e uma população de 4789 habitantes (censo de 2021)[3]. A sua densidade populacional é 103,6 hab./km², o que lhe permite ser classificada como uma Área de Baixa Densidade (portaria 1467-A/2001).[4].
Pela prefeitura foi esta freguesia unida ao município de Albufeira. Pela Lei de 17 de Abril de 1838 anexada ao antigo Concelho de Loulé, tendo voltado a pertencer ao Concelho de Albufeira entre 10 de Julho de 1839 e 24 de Outubro de 1855, data em que Boliqueime passou, definitivamente, a integrar o novo Concelho de Loulé onde permanece até aos nossos dias.
Boliqueime surgiu onde se encontram olhos de água. O topónimo "Boliqueime" deriva do italiano "bulicame" que significa "fonte termal", estando a criação desta aldeia ligada aos genoveses, venezianos e sicilianos que, nos séculos XIII, XIV e XV, demandavam a costa algarvia para a pesca do atum e da baleia e iam aos Olhos D’Água (ou seja a Boliqueime) carregar a indispensável água potável. Obviamente o sufixo português "-queime" substituí o falso sufixo italiano "-came", assim exprimindo o sentido do adjetivo "termal".
Este nome, que agradou aos seus naturais, foi adoptado pelos populares e ficou na povoação desde que Boliqueime se “deslocou” para onde actualmente está implantado.
No dia 4 de Outubro de 2024, Boliqueime foi elevada à categoria de vila.[5]
A população registada nos censos foi:[3]
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Distribuição da População por Grupos Etários[7] | ||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos |
2001 | 603 | 474 | 2327 | 1069 |
2011 | 686 | 453 | 2622 | 1212 |
2021 | 645 | 461 | 2399 | 1284 |
A título de curiosidade, reza a história que foi na freguesia que D. João I mandou fazer as primeiras experiências de plantação de cana-de-açúcar. Afetada pelo sismo de 1755, a igreja matriz de Boliqueime teve que ser novamente edificada, sendo actualmente um dos pontos de atracção turística em Boliqueime, seguindo-se o museu e a Igreja de S. Faustino, santo a quem a população dedica uma festa e grande devoção por este ser apelidado de advogado dos quebrados.
A excelência da paisagem e o superior acolhimento da sua gente constituem, igualmente, fortes atracções para nacionais e estrangeiros que de longe a visitam e a escolhem para residência. Os valores da ruralidade caracterizam a freguesia de Boliqueime, que vive fundamentalmente da agricultura de sequeiro e de regadio, para além do comércio que se localiza próximo do aglomerado urbano e na Fonte de Boliqueime e se estende, igualmente, ao longo da EN 125.
Mantêm-se, também, ainda vivas na freguesia algumas tradições, tais como as feiras de 4 de agosto e 17 de outubro, a festa em honra de Nossa Senhora das Dores, São Luís e São Sebastião, em Setembro e a festa de São Faustino, no Domingo de Pascoela. De tradição mais recente, em meados de Junho, têm lugar no átrio da Igreja Matriz as festas populares de São João.
Realizam-se são também passeios pedestres pelas paisagens da freguesia, de onde se podem vislumbrar o mar, antigos moinhos de vento, poços de água, miradouros, ribeiras de águas límpidas e cristalinas e as mais variadas vegetações.
Boliqueime é o lugar de nascimento do político e economista Aníbal Cavaco Silva, que foi Primeiro-Ministro de Portugal entre 1985 e 1995 e Presidente da República entre 2006 e 2016. A Escola Básica Integrada de Boliqueime foi inaugurada no dia 19 de setembro de 1994 e tem o nome EBI Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva.
É também o lugar de nascimento da escritora Lídia Jorge (1946) e da escritora e ensaísta Maria Aliete Galhoz (1929).