Bunny O'Hare

Bunny O'Hare
Bunny O'Hare
Cartaz promocional do filme.
No Brasil Bunny O'Hare
 Estados Unidos
1971 •  cor •  92 min 
Gênero comédia criminal
Direção Gerd Oswald
Produção Gerd Oswald
Produção executiva Samuel Z. Arkoff
James H. Nicholson
William J. Immerman
Roteiro Coslough Johnson
Stanley Z. Cherry
Elenco Bette Davis
Ernest Borgnine
Música Billy Strange
Al Simms
Cinematografia Loyal Griggs
John M. Stephens
Efeitos especiais Cliff Wenger
Figurino Phyllis Garr
Edição Fred R. Feitshans, Jr.
Companhia(s) produtora(s) American International Productions
Distribuição American International Pictures
Lançamento
  • 19 de julho de 1971 (1971-07-19) (Estados Unidos)[1]
Idioma inglês
Orçamento US$ 900.000[2]

Bunny O'Hare (bra: Bunny O'Hare)[3] é um filme estadunidense de 1971, do gênero comédia criminal, dirigido por Gerd Oswald, e estrelado por Bette Davis e Ernest Borgnine. O roteiro de Coslough Johnson e Stanley Z. Cherry centra-se em um par de idosos que, disfarçados de hippies, se envolvem em uma onda de crimes.

Bunny O'Hare (Bette Davis), uma viúva cujas economias foram esgotadas por seus filhos egoístas, Lulu (Reva Rose) e Ad (John Astin), fica sem moradia quando o banco executa sua hipoteca. Ela se torna amiga de Bill Green (Ernest Borgnine), um idoso itinerante que conserta o encanamento de sua casa, que ela logo descobre ser na verdade o ladrão de banco fugitivo William Gruenwald. Na esperança de recuperar todas as suas coisas, Bunny chantageia Bill para ensiná-la a roubar o banco em troca de manter sua identidade em segredo. Estimulada com o sucesso do crime, Bunny convence Bill a se juntar a ela em mais assaltos, e os diferentes modi operandi que eles usam tornam suas identificações e localizações difíceis para a polícia.

  • Bette Davis como Bunny O'Hare
  • Ernest Borgnine como Bill Green / William Gruenwald
  • Jack Cassidy como Ten. Greeley
  • Jay Robinson como John C. Rupert
  • Joan Delaney como R. J. Hart
  • John Astin como Ad
  • Reva Rose como Lulu
  • Robert Foulk como Comissário Dingle
  • Brayden Linden como Frank
  • Karen Mae Johnson como Lola

Os títulos de produção do filme foram "Bunny and Claude", "Bunny", "Betty and Claude", e "Bunny and Billy".[1] A produção marcou a segunda parceria de Bette Davis e Ernest Borgnine, que fizeram "The Catered Affair" juntos, em 1956. O filme da American International Pictures foi filmado parcialmente em Belen e Albuquerque. David F. Cargo, o governador do Novo México na época, fez uma participação especial como um policial estadual.

Ocorreram duas ações judiciais para a American International Pictures após o lançamento do filme. Davis, que havia anteriormente aprovado o roteiro, ficou chateada com mudanças feitas na edição. Davis insistiu em usar um palavrão – o que teria dado ao filme uma classificação R – então, Samuel Z. Arkoff contratou uma atriz para fazer uma impressão de Davis, e depois colocou sua voz por cima do diálogo original, utilizando uma palavra menos censurável.[4] Davis processou a empresa por perda de receita e danos à sua carreira, que transformou a produção em um filme "pastelão" em vez do "comentário social humorístico" pelo qual ela havia assinado. O processo acabou sendo arquivado. A segunda ação chegou quando o escritor Cherry processou a empresa em U$ 13.400, o saldo de sua taxa, e também pediu 5% dos lucros líquidos do filme. O resultado é desconhecido.[5]

Vincent Canby, em sua crítica para o The New York Times, descreveu-o como "um filme bobo e tolamente divertido ... um absurdo de uma ordem bastante aceitável, cheio de perseguições absurdas e personagens comuns que foram concebidos e interpretados com carinho". Sobre a estrela principal, ele observou: "Srta. Davis ... tem uma atuação que pode ser uma das mais engraçadas e legítimas de sua carreira".[6]

No jornal Cleveland Press, Toni Mastroianni disse: "Bette Davis e Ernest Borgnine interpretam Bonnie e Clyde do conjunto Geritol, e o resultado é tão satisfatório quanto um programa de televisão ruim".[7] A revista Time Out chamou-o de uma "travessura embaraçosamente sem graça".[8]

De acordo com a TV Guide, "este roteiro inteligente é dirigido de forma inepta por Oswald, que não tem ideia de como embelezar a comédia com ritmo, movimento ou inteligência. Davis e Borgnine são excelentes, porém, mostram que anos de treinamento e profissionalismo podem superar praticamente qualquer coisa".[9]

Bette Davis ficou insatisfeita com o resultado final do filme e processou a American International Pictures por US$ 3.3 milhões em danos.[10]

Trilha sonora

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A trilha sonora do filme incluiu:

  1. "Monday Man", escrita por Billy Strange e Keith Roberts; cantada por Billy Curb.
  2. "Right or Wrong", escrita por Mack David e Billy Curb; cantada por Billy Curb.
  3. "The Ballad of Bunny O'Hare", escrita por Mack David e Billy Curb; cantada por Billy Curb.

Referências

  1. a b «The First 100 Years 1893–1993: Bunny O'Hare (1971)». American Film Institute Catalog. Consultado em 17 de março de 2023 
  2. Aljean Harmetz (4 de agosto de 1974). «The Dime-store Way To Make Movies – and Money». The New York Times. p. 202 
  3. «Bunny O'Hare (1971)». Brasil: CinePlayers. Consultado em 17 de março de 2023 
  4. Arkoff, Samuel Z.; Trubo, Richard (1992). Flying Through Hollywood By The Seats Of My Pants. [S.l.]: Birch Lane Press. p. 193. ISBN 1-55972-107-3 
  5. Bunny O'Hare at Turner Classic Movies
  6. Canby, Vincent (19 de outubro de 1971). «Indomitable Bette Davis in Gimmick Comedy». The New York Times (em inglês). Consultado em 17 de março de 2023 
  7. Mastroianni, Toni (25 de setembro de 1971). «Bette Davis and Borgnine Play in Dumb-Bunny Film». Cleveland Press (em inglês). Consultado em 17 de março de 2023 
  8. Time Out Staff (25 de setembro de 1971). «Bette Davis and Borgnine Play in Dumb-Bunny Film». Time Out (em inglês). Consultado em 17 de março de 2023. Arquivado do original em 6 de junho de 2011 
  9. TV Guide Staff. «Bette Davis and Borgnine Play in Dumb-Bunny Film». TV Guide (em inglês). Consultado em 17 de março de 2023 
  10. «The Contract and the Cutting Room Floor». The Washington Post and Times-Herald. 21 de agosto de 1971. p. E2