Fractalquina (ou Fractalcina), também conhecida como ligante 1 de quimiocina (motivo C-X3-C) é uma proteína que é codificada em humanos pelo gene C-X3-CL1.
A fractalkina é uma citocina grande, que contém 373 aminoácidos, Ela contém múltiplos domínis e é o único membro conhecido da família de quimiocinas CX3C.É também conhecida pelos nomes fractalkina (em humanos) e neurotactina (em camundongos).[1][2] A estrutura polipeptídica de CX3CL1 difere da estrutura típica das quimiocinas. Por exemplo, o espaçamento entre as características cisteínas N-terminais é diferente; há 3 aminoácidos separando o par inicial de cisteínas em CX3CL1, enquanto nenhum separa as quimiocinas CC e apenas um aminácido no meio em quimiocinas CXC. CX3CL1 é produzida como uma proteína (com 373 aminoácidos em humanos) com um talo estendido semelhante a mucina e um domínio de quimiocina no topo. O talo semelhante a mucina permite a ligação a superfície de algumas células. Contudo, uma versão solúvel (90 kD) já foi também observad.A CX3CL1 solúvel potencialmente atrai células T e monócitos, enquanto a quimiocina ligada a células promove adesão leucocitária forte em células endoteliais ativadas, onde ela é expressa.[2] A CX3CL1 promove suas funções adesivas e migratórias através de interação com o receptor de quimiocina CX3CR1.[3] Seu gene localiza-se no cromossomo 16 junto com algumas quimiocinas CC conhecidas como CCL17 e CCL22.[2][4]
CX3CL1 é regulada positivamente no hipocampo durante uma breve janela temporal que segue-se ao aprendizado espacial, que possivelmente está relacionado a regulação do tom da neurotransmissão mediada por glutamato. Isso indica um possível papel da quimiocina no processo protetor de plasticidade conhecido como escalonamento sináptico ("synaptic scaling").[5]
Outra função importante da CX3CL1, é no processo inflamatório hipotalâmico oriundo de uma alta ingestão de gordura saturada.
Carraro e colaboradores, demostraram em camundongos, que a quantidade proteica de fractalkina se eleva a partir de 3 horas após o início do consumo de dieta hiperlipídica. Desta forma, o sinal inflamatório gerado por essa proteína é o mais precoce no sistema nervoso central.[6]