Cabotegravir Alerta sobre risco à saúde | |
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Nome IUPAC | (3S,11aR)-N-((2,4-difluorophenyl)methyl)-6-hydroxy-3-methyl-5,7-dioxo-2,3,5,7,11,11a-hexahydrooxazolo(3,2-a)pyrido(1,2-d)pyrazine-8-carboxamide |
Outros nomes | 744 LA, CAB, GSK-1265744, GSK1265744, GSK744, GSK744 LA, GSK744 LAP, S-265744, S/GSK1265744, cabotegravir LA, cabotegravir sodium |
Identificadores | |
Número CAS | |
ChemSpider | |
Propriedades | |
Fórmula química | C19H17F2N3O5 |
Massa molar | 405.33 g mol-1 |
Farmacologia | |
Página de dados suplementares | |
Estrutura e propriedades | n, εr, etc. |
Dados termodinâmicos | Phase behaviour Solid, liquid, gas |
Dados espectrais | UV, IV, RMN, EM |
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
Cabotegravir é um fármaco de profilaxia pré-exposição (PrEP) injetável para prevenção de infecção pelo HIV, desenvolvida pelos laboratórios ViiV Healthcare.[1]Pentence a classe dos inibidores de integrase. Tem como vantagem ser uma droga de longa duração, que combinada com outros antirretrovirais, é injetável e tem como benefício evitar os comprimidos diários de tratamento da Aids, facilitando a adesão ao tratamento.[2]Foi aprovado em 2023 para uso de profilaxia pré-exposição (PrEP) no Brasil.[3][4] Seu nome comercial é Apretude[5]. No Brasil é comercializado pelo laboratório GlaxoSmithKline[6].
Os efeitos secundários mais frequentes da terapêutica injetável são reações no local da injeção (em até 84% dos pacientes), tais como dor e inchaço, bem como dor de cabeça (até 12%) e febre ou sensação de calor (em 10%). Para os comprimidos, dor de cabeça e sensação de calor foram um pouco menos frequentes. Efeitos colaterais menos comuns (menos de 10%) para ambas as formulações são transtornos depressivos, insônia e erupções cutâneas[7][8].
Em 2020, foram divulgados resultados de estudos mostrando sucesso no uso do cabotegravir injetável para profilaxia pré-exposição de longa duração (PrEP) com eficácia maior do que a combinação emtricitabina/tenofovir (Truvada) amplamente utilizada para PrEP na época[9][10].
A segurança e a eficácia do cabotegravir para reduzir o risco de adquirir o HIV foram avaliadas em dois ensaios clínicos randomizados e duplo-cegos que compararam o cabotegravir com emtricitabina/tenofovir, um medicamento oral uma vez ao dia para a PrEP do HIV[11]. O ensaio 1 incluiu homens não infectados pelo HIV e mulheres transgênero que fazem sexo com homens e têm comportamento de alto risco para a infecção pelo HIV. O ensaio 2 incluiu mulheres cisgênero não infectadas em risco de adquirir HIV[11].
No Ensaio 1, 4.566 homens cisgênero e mulheres transgênero que fazem sexo com homens receberam cabotegravir ou emtricitabina/tenofovir. O ensaio mediu a taxa de infecções por HIV entre os participantes do ensaio que tomam cabotegravir diariamente seguido por injeções de cabotegravir a cada dois meses em comparação com a emtricitabina oral diária/tenofovir. O ensaio mostrou que os participantes que tomaram cabotegravir tiveram 69% menos risco de se infectar com HIV quando comparados aos participantes que tomaram emtricitabina/tenofovir[11]
No Ensaio 2, 3.224 mulheres cisgênero receberam cabotegravir ou emtricitabina/tenofovir. O ensaio mediu a taxa de infecções por HIV em participantes que tomaram cabotegravir oral e injeções de cabotegravir em comparação com aqueles que tomaram emtricitabina/tenofovir por via oral. O ensaio mostrou que os participantes que tomaram cabotegravir tiveram 90% menos risco de se infectar com o HIV quando comparados aos participantes que tomaram emtricitabina/tenofovir[11]