O Cais do Sodré (Portugal) é uma secção da frente portuária de Lisboa, entre o Cais da Marinha e o Cais do Gás (tendo recentemente a designação englobado este último, tal como já englobara o Cais das Pombas). Por este nome designa-se habitualmente também um conjunto de arruamentos e logradouros contíguos na Lisboa ribeirinha central, do Largo do Corpo Santo até à Praça de São Paulo, e para sul até ao rio, nomeadamente: [1][2]
A parte mais antiga do atual Cais do Sodré, a norte, era conhecida no início do século XIX, como Bairro dos Remolares.[9]
A partir de 1855, são feitas várias obras que tornam este local, até então insalubre, numa referência da cidade de Lisboa da época.[10] Foram construídos armazéns para albergar os produtos vindos de pequenas embarcações. Os marinheiros e outros homens ligados à pesca começaram a residir no bairro, em conjunto com empresários ligados à industria da importação e da exportação de produtos, que beneficiavam da proximidade do porto e ligações comerciais internacionais.[10]
Com a vinda destes grupos, o Cais do Sodré era já no final do século XIX “uma referência social da época”. Era palco para intelectuais, burgueses, dândis, artistas e indivíduos da classe alta, em especial no Hotel Central, descrito por Eça de Queirós na sua obra Os Maias.[10]
Em Maio de 1968, o assassino do activista norte-americano Martin Luther King passeava-se pela Rua Nova do Carvalho, apaixonando-se por uma trabalhadora a quem posteriormente escreveu uma carta.[11]
Em 2024 é um bairro histórico e vibrante, tornando-se um dos lugares mais animados e movimentados da cidade de Lisboa. É famoso pela vida noturna, especialmente na Rua Cor de Rosa (Rua Nova do Carvalho), existindo várias opções de entretenimento, desde bares, restaurantes e casas noturnas.[10]