Canaba

Canaba ou canaba legionária (em latim: canabae legionis) designa uma aldeia civil (vico) contígua a castros romanos. Originalmente, canaba designava as bancas de merceeiros e comerciantes de vinho, originando-se depois a função de canaba legionária, que no passar do tempo foi abreviada para canaba.[carece de fontes?] O termo foi usado pela primeira vez durante o reinado do imperador Augusto (r. 27 a.C.14 d.C.) para designar aldeias contíguas a acampamentos de legionários na Germânia.[1]

As terras nas imediações de uma fortificação eram consideradas como intra leugam; isto é, localizadas em um raio de uma leuga gaulesa (2,2 km). Nas canabas moravam principalmente comerciantes, vendedores e artesãos, e as famílias dos soldados. Eram denominados consistentes ad legionem ou cives Romani consistentes ad legionem (cidadãos romanos na legião), ou simplesmente como canabenses (pessoas da canaba). Dentre os exemplos existentes de canabas pode citar-se Lauríaco, Vindobona, Carnunto ou Vetera.

Referências

  1. Bohec 1993, p. 262.
  • Bohec, Yann Le (1993). Die römische Armee. Von Augustus zu Konstantin d. Gr. Estugarda: Steiner. ISBN 978-3-86820-022-5 
  • Michaela Kronberger: Siedlungschronologische Forschungen zu den canabae legionis von Vindobona. Die Gräberfelder (= Monographien der Stadtarchäologie Wien Band 1). Phoibos Verlag, Viena, 2005, ISBN 3-901232-56-7.
  • Harald von Petrikovits: Die Canabae Legionis. In: 150 Jahre Deutsches Archäologisches Institut, 1829–1979. Festveranstaltungen und Internationales Kolloquium, 17.–22. April 1979 in Berlin. von Zabern, Mainz, 1981, ISBN 3-8053-0477-3. S. 165–175.
  • Christian Gugl, Michael Doneus: Die Lagervorstadt (canabae legionis), in: Franz Humer (Ed.), Carnuntum. Wiedergeborene Stadt der Kaiser, Verlag Philipp von Zabern, Darmstadt, 2014, p. 67-72.
  • Werner Jobst: Provinzhauptstadt Carnuntum. Österreichs größte archäologische Landschaft. Österreichischer Bundesverlag, Viena, 1983, ISBN 3-215-04441-2.