Carolina Bhering de Araújo | |
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Nascimento | 5 de setembro de 1976 Niterói |
Cidadania | Brasil |
Alma mater | |
Ocupação | matemática |
Empregador(a) | Instituto de Matemática Pura e Aplicada |
Orientador(a)(es/s) | János Kollár |
Página oficial | |
https://impa.br/en_US/page-pessoas/carolina-araujo/ | |
Carolina Bhering de Araujo (Niterói, 5 de setembro de 1976)[1] é uma matemática brasileira do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), onde atua como pesquisadora e professora do programa de pós-graduação desde 2006.
Tem graduação em matemática pela PUC Rio de Janeiro e doutorado em Matemática pela Universidade de Princeton, orientada por János Kollár, com a tese "The Variety of Tangents to Rational Curves".[2] Suas pesquisas se concentram nas áreas de geometria birracional, curvas racionais e variedades de Fano e foliações.[3][4] Foi bolsista do CNPq entre 1999 e 2003, e em 2004 recebeu bolsa de pesquisa do Clay Mathematics Institute destinada a recém doutores em matemática por universidades dos Estados Unidos, escolhidos pela qualidade e potencial de seus trabalhos de pesquisa realizada no doutorado.[5]
Foi premiada em 2008 com o prêmio do Programa L’Oréal-Unesco-ABC 2008 para Mulheres na Ciência pelo seu projeto "O Espaço Projetivo e as Variedades de Fano".[6] Sua proposta envolveu o desenvolvimento e aprimoramento de técnicas álgebro-geométricas específicas para o estudo de uma importante classe de variedades, relacionada a problemas específicos e de relevância para a geometria complexa de dimensão alta.[5] Recebeu também os prêmios Liftoff Fellow, Clay Mathematics Institute (2004); Travel Grant for Young Mathematicians from Developing Countries - ICM 2006 e ICM 2010, International Mathematical Union (2006 e 2010); e Jovem Cientista do Nosso Estado, Faperj (2009).[3]
Tendo mãe e pai engenheiros, Carolina diz que foi natural escolher a área de ciências exatas, e que nunca ouviu em casa comentários sobre matemática ser uma carreira difícil por ser mulher.[7][8] Em 2017, era a única mulher da equipe permanente do IMPA,[9] e disse que esforços devem ser feitos para contratar mais mulheres. Disse também que estão sendo realizadas mesas redondas relacionadas à questão de gênero em várias cidades, para entender a visão geral do problema no Brasil, como preconceito, ambientes hostis e assédio.[10] Foi convidada para uma mesa-redonda sobre esse tema na UNIRIO em 2016.[11] Participou da organização do Encontro Mundial de Mulheres na Matemática de 2018, em que foram discutidas questões científicas e ligadas à igualdade de gênero na ciência, e foi palestrante convidada do Congresso Internacional de Matemáticos no Rio de Janeiro (2018).[6]