Castanha-do-mar, também conhecida como fava-do-mar, refere-se a sementes ou frutos de diversas espécies vegetais que, adaptados à dispersão por água, são encontrados flutuando nos oceanos ou arrojados nas praias. Esses diásporos, provenientes principalmente de árvores e lianas tropicais, possuem adaptações que lhes permitem percorrer longas distâncias marítimas, sendo frequentemente encontrados em costas distantes de suas origens.
A capacidade de flutuação e resistência à água permite que as castanhas-do-mar viajem milhares de quilômetros, facilitando a colonização de novas áreas e contribuindo para a biodiversidade das regiões costeiras. O estudo desses diásporos oferece insights sobre as correntes oceânicas e os padrões de dispersão de espécies vegetais.
Diversas espécies produzem sementes ou frutos que se enquadram na categoria de castanhas-do-mar, incluindo:
O termo "fava-do-mar" também é utilizado para designar a alga Fucus vesiculosus, conhecida pelos nomes comuns de bodelha, carvalhinho-do-mar e sargaço. Trata-se de uma macroalga castanha com distribuição nas costas temperadas e frias dos oceanos Atlântico e Pacífico, incluindo o oeste do Mar Báltico. Essa alga é reconhecida por suas vesículas cheias de ar que auxiliam na flutuação, sendo uma espécie importante em ecossistemas marinhos costeiros.
Entusiastas e colecionadores de castanhas-do-mar organizam eventos como o International Sea-Bean Symposium, iniciado em 1996, que promove a exibição, estudo e troca de informações sobre sementes flutuantes e outros materiais arrojados pelo mar. Esses encontros destacam a importância das castanhas-do-mar na compreensão da biogeografia e das correntes oceânicas.