Castelo de Coxape

Castelo de Coxape
Castelo de Coxape
Informações gerais
Função inicial Defesa
Geografia
País Turquia
Localização Coxabe
Coordenadas 38° 19′ 01″ N, 43° 48′ 06″ L
Castelo de Coxape está localizado em: Turquia
Castelo de Coxape
Localização do Castelo de Coxape na Turquia

O Castelo de Coxape (em turco: Hoşap kalesi; em curdo: Kela Xoşebê; em armênio: Խոշաբ բերդ; romaniz.: Xošab Berd) é um grande castelo do século XVII localizado no bairro de Coxabe, no distrito de Gurpenar, na província de , na Turquia.

O castelo foi construído sobre as fundações de uma fortaleza armênia medieval, precedida por uma fortaleza urartiana, com os trechos e torres orientais preservando o leiaute da estrutura armênia original.[1][2] A estrutura armênia tinha apenas duas paredes, uma localizada perto da torre de menagem e uma nas atuais paredes intermediárias. A maior parte da alvenaria sobrevivente, incluindo a torre de entrada e as paredes externas, foi construída ou reconstruída em 1649 por Sare Suleimão Bei, chefe da tribo curda dos mamuditas.[3] os mamuditas que ocupavam a fortaleza eram originalmente de origem iazidi e migraram à região vindos da Jazira.[4] Coxape significa "água doce" em persa.[5] A fortaleza recebeu seu nome do rio de mesmo nome. Foi mencionada pelo cronista árabe do século XIII Iacute de Hama pelo nome Cavexabe na província de Axevatsiats de Vaspuracânia.[6][7]

No norte da antiga cidade, o castelo começa num ponto além da linha do penhasco, perto da estrada de Vã e se estende ao longo de uma crista natural ao leste. Do penhasco ao sul do castelo, a muralha cruza a sela baixa para o nordeste. As duas muralhas se encontram no cume da próxima colina, a fim de manter o controle de todas as terras que comandam a cidade. Além do cume desta colina, estende-se uma extensão aparentemente vazia de colinas baixas e espalhadas. Até a década de 1850, a cidade-fortaleza de Coxabe tinha cerca de 1 500 famílias, incluindo mil armênios. Os armênios de Coxabe estavam envolvidos na agricultura, artesanato e comércio e tinham duas igrejas dentro da fortaleza que foram destruídas após sua expulsão, enquanto os curdos estavam principalmente envolvidos na criação de animais.[7] Até 1847, beis curdos semi-independentes também residiam lá, mas no mesmo ano o governo otomano, ocupando a fortaleza, aboliu seu governo.[6]

Referências

  1. Sinclair 1987, p. 215.
  2. Baumer 2021, p. 90.
  3. Sinclair 1987, p. 214-215.
  4. Guest 2012, p. 45.
  5. Nişanyan 2020, p. Hoşap.
  6. a b Ambartsumian 1979, p. 72.
  7. a b Hakobyan, Melik-Baxshyan & Barsełyan 1988, p. 771.
  • Bloom, Johnathan M.; Blair, Sheila S. (2009). «Military architecture and fortification». The Grove Encyclopedia of Islamic Art and Architecture. Oxford: Oxford University Press. ISBN 9780195373042 
  • Hakobyan, Tadevos X.; Melik-Baxshyan, Stepan T.; Barsełyan, Hovhannes X. (1988). «Խոշաբ [Xošab]». Հայաստանի և հարակից շրջանների տեղանունների բառարան [Dictionary of Toponyms of Armenia and Adjacent Territories] (em arménio). 2. [S.l.]: Yerevan State University Press. p. 771. OCLC 247335945 
  • Sinclair, T. A. (1987). «Hoşap». Eastern Turkey: An Architectural and Archeological Survey. 1. Londres: The Pindar Press. pp. 212–215. ISBN 9780907132325