Cher é considerada um ícone gay e foi consagrada pela comunidade gay como um ícone pop.
A reverência que os membros da comunidade gay apresentam por Cher tem sido atribuída às realizações em sua carreira, seu senso de estilo e sua longevidade. Alec Mapa, da revista orientada para o público gay The Advocate, escreveu que "enquanto o resto de nós dormia, Cher esteve por aí pelas últimas quatro décadas vivendo cada uma de nossas fantasias de infância. [...] Ela encarna uma liberdade sem remorso e uma coragem que alguns de nós podemos apenas aspirar."[1] Ela é frequentemente imitada por drag queens. Thomas Rogers, da revista Salon.com, comentou que "drag queens imitam mulheres como Judy Garland, Dolly Parton e Cher porque elas superaram os insultos e dificuldades em seus caminhos para o sucesso, e porque suas histórias espelham a dor que muitos homens gays sofrem em seus caminhos para sair do armário".[2] Sua atuação como uma lésbica no filme Silkwood (pela qual ela foi creditada por ter sido uma das primeiras atrizes a oferecer um retrato positivo de uma lésbica em um filme), sua transição para a dance music e o ativismo social nos anos recentes contribuíram ainda mais para ela se tornar um ícone gay.[3][4]
Seu filho mais velho, Chaz Bono (Chastity Bono antes da transição para o sexo masculino), assumiu-se lésbica aos 17 anos, causando sentimentos de "medo, culpa e dor" em Cher.[5] No entanto, ela logo veio a aceitar a orientação sexual de Chaz e chegou à conclusão de que as pessoas LGBT "não têm os mesmos direitos que todas as outras, [e eu] achei que isso fosse injusto".[6] Ela foi a oradora principal na convenção nacional Parents, Families, & Friends of Lesbians and Gays (PFLAG), em 1997.[5][6] Desde então, ela se tornou uma das principais defensoras dos direitos da comunidade gay.[4] Em 11 de junho de 2009, Chaz Bono se tornou um indivíduo transgênero, e sua mudança para o sexo masculino foi legalmente concluída em 7 de maio de 2010.[7]
Em 1998, Cher foi agraciada pelo GLAAD Media Awards (Gay & Lesbian Alliance Against Defamation) com o Vanguard Award, prêmio oferecido aos membros da comunidade do entretenimento ou da mídia que fizeram ganhos significativos na promoção da igualdade de direitos para gays e lésbicas.[4] Em novembro de 1999, a revista The Advocate a nomeou uma das "25 mulheres mais legais".[8] Em outubro de 2005, o programa de televisão do canal Bravo Great Things About Being... a elegeu como "a melhor coisa sobre ser gay".[3] O escritor William J. Mann comentou, em seu livro Gay Pride: A Celebration of All Things Gay and Lesbian, que "nós estaremos dançando [as músicas de] uma Cher de noventa anos de idade quando nós estivermos com sessenta. Apenas observe."[9] Na lista dos "Dez maiores ícones gay" formada pelo site Digital Spy em 2007, foi dito que "o comediante americano Jimmy James estava certo quando fez a seguinte observação: 'Depois de um holocausto nuclear, restarão apenas as baratas e Cher'".[10] O sitcom da NBC Will & Grace reconheceu sua posição ao torná-la o ídolo do personagem gay Jack McFarland. Ela fez participações como convidada especial no seriado duas vezes: em 2000, quando Jack a confundiu com uma sósia drag queen, e em 2002, quando ela apareceu para Jack em um sonho ambientado no céu.[11]