O cinema de montanha é um género cinematográfico que representa a montanha e não se trata de mostrar a montanha como um décor num filme, mas sim como a base do filme, pelo que se poderia definir como um filme sobre a montanha seja ele desportivo, dramático, ou mesmo se se interessa pela maneira de viver e da cultura das gentes da montanha, como um documentário.
Lugar inacessível próximo do céu, a montanha está associada às divindades e ao mesmo tempo ao perigo e ao risco.
No cinema, a representação da montanha foi durante muito tempos não mais do que uma propaganda ou publicidade ou então o fundo para dramatizar uma cena como o foram os da cineasta alemã Leni Riefenstahl.
Por volta dos anos 1940 os alpinistas começam a mostrar as suas conquistas e cineastas franceses como Jacques Ertaud, Jean-Jacques Languepin ou Marcel Ichac, muito fizeram para mostrarem o que é a montanha e o alpinismo e eram associados a expedições como a Expedição francesa ao Annapurna filma justamente por Marcel Ichac.
Este mesmo Marcel Ichac, como realizador adjunto Jacques Ertaud, serve-se da montanha para fazer o célebre filme de ficção, as Les Étoiles de midi.
O primeiro filme conhecido é o do filme Cervin de 1901, quer dizer, só seis anos depois da invenção do cinematógrafo dos irmãos Lumière, que se pensa ter sido feito por um alpinista suíço e que dura cerca de 5 minutos a mostrar as principais etapas da sua ascensão a partir de Zermatt.
De assinalar o Drame sur les glaciers de la Blumlisalpde 1905 - realizado por Félix Mesguich, e que mostra um salvamento num glaciar suíço a 2 800 m e dominado pelo Eiger e o Jungfrau.
Nos anos 1910 os italianos, e mais precisamente os alpinistas italianos de Turim vão dominar o cinema de montanha da época com filmes como a Ascensione al Cervino e Ascenzione al Dente del Gigante, por Mario Piacenza e ambos em 1911.
Um grande nome dessa época é o do fotógrafo Vittorio Sella que participou à expedição do K2 em 1909 no Himalaia e que é conhecida como L’expédition du duc des Abruzzes au K2 pois foi feita pelo duque dos Abruzos, Luís Amadeu de Saboia.
Nos anos 1920 é mais um décor para mostrar o aspecto dramático como o fazia Leni Riefenstahl.
Como já se disse, por volta dos anos 1940 os alpinistas franceses como Jacques Ertaud, Jean-Jacques Languepin ou Marcel Ichac, muito fizeram para mostrarem o que é a montanha e o alpinismo e eram associados a expedições como a Expedição francesa ao Annapurna filma justamente por Marcel Ichac.
(Segundo a versão francesa)