Clívo (/ˈklɪvəs/, latim para "inclinação") é uma parte óssea[1] na base do crânio, uma depressão rasa atrás do dorsum sellae. Ele forma um processo de inclinação gradual na porção mais anterior do osso occipital basilar em sua junção com o osso esfenoide. Nos planos axiais, fica logo posterior aos seios esfenoidais. Lateralmente ao clivo está o forame lacerum (a artéria carótida interna atinge a fossa craniana média acima do forame lacerum), proxima à sua anastomose com o círculo de Willis. Posteriormente ao clivo está a artéria basilar.
O nervo abducente (VI nervo craniano) segue ao longo do clivo durante seu curso. O aumento da pressão intracraniana pode prender o nervo neste ponto e causar sinais de paralisia. O clivo também é o local do cordoma (um tumor maligno raro).
A cirurgia para lesões envolvendo o clivo e estruturas adjacentes tem sido tradicionalmente abordada por abordagens subfrontais estendidas transbasais, transfaciais anteriores, transtemporais laterais, extremidades laterais e abordagens em estágios.[2] Essas abordagens são limitadas, pois muitas vezes requerem uma remoção extensa do osso e retração do cérebro, ao mesmo tempo que colocam estruturas neurovasculares críticas entre o cirurgião e o local da patologia. Foi proposto que essas limitações são atenuadas por avanços significativos no uso da cirurgia endoscópica endonasal. As abordagens cirúrgicas contemporâneas envolvendo abordagens endoscópicas estendidas para o clivo têm sido cada vez mais descritas por vários grupos e têm se mostrado uma estratégia segura e eficaz para o tratamento cirúrgico de uma variedade de lesões benignas e malignas.[2]