Colletotrichum | |
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C. lindemuthianum em vagens de feijão. | |
Classificação científica | |
Reino: | |
Divisão: | |
Subdivisão: | Ver texto.
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Classe: | |
Ordem: | |
Família: | |
Gênero: | Colletotrichum
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Espécies | |
Ver texto. |
O gênero Colletotrichum, pertencentes a família Glomerellaceae, engloba dezenas de espécies de fungos de hábito saprofítico e/ou simbionte, estes com frequência são fitoparasitas e causam doenças em ampla pluralidade de plantas, incluindo cultivares de importância comercial; doenças denominadas antracnoses.[1]
Em Colletotrichum sp, as células conidiogênicas (produtoras de conídios) habitualmente se situam aglomeradas em conidiomas, de modo típico acérvulos, e também como ramificações laterais do micélio. Além disso, tanto as setas (estruturas alongadas, pontiagudas, escurecidas e estéreis), típicas deste gênero, como as células conidiogênicas aparentam ter origem homóloga.[1]
Os conídios produzidos nos acérvulos estão embebidos em uma matriz gelatinosa constituída de polissacarídeos e proteínas solúveis, cuja função, sugere-se, é protegê-los da dissecação, aumentar a eficiência de germinação e de penetração no hospedeiro. Todavia, comumente os conídios deste gênero não são estruturas de resistência porque sua viabilidade apresenta redução rápida[2]; embora, em contraposto, o micélio possa permanecer viável por longo período de tempo em sementes infectadas, em resíduos da planta ou ainda em infecções latentes. Ressalva-se, porém, a ocorrência em algumas espécies, como C. coccodes, a formação de microesclerócios que desempenham importante função na sobrevivência.[1]
Na colonização do hospedeiro, o esporo produz uma hifa germinativa que em contato com a superfície do hospedeiro desenvolve uma estrutura especializada de fixação nomeada apressório, através de um orifício nele é emitido uma delgada hifa infectiva para a infecção do tecido da planta hospedeira. Além disso, o apressório também apresentam função de sobrevivência por ser resistente à condições adversas e de propagação por ser capaz de germinar outros apressórios em cadeia. As estratégias de infecção variam de hemibiotrófico intracelular a necrotrófico subcuticular. Com o avanço do crescimento do fungo no tecido vegetal de folhas, flores e frutos, surgem os sintomas de antracnose. A germinação dos conídios depende estritamente da presença de água ou de alta umidade relativa (acima de 90%)[1]