Paul Ehrlich tinha usado misturas de corantes ácidos e básicos para esta finalidade em 1879, por exemplo: fucsina (corante ácido) e azul de metileno (corante básico).[10] Em 1891, Romanowsky[11][12][13] desenvolveu técnicas utilizando uma mistura de eosina Y e azul de metileno modificado que produziu um matiz surpreendente não atribuível a qualquer componente de coloração: uma bela sombra característica de roxo. Na solução envelhecida (após dias do preparo do corante), o azul de metileno se oxida em gradações diferentes, originando os azures de metileno.[14][15] Os requisito para a ocorrência do efeito de Romanowsky-Giemsa são:
Um corante catiônico: o melhor corante é Azure B e, embora Azure A dê a cor roxa nuclear, o azul citoplasmático é inferior. Nenhum outro corante catiónico, tal como o azul de metileno é adequado.[3]
Um corante aniônico: Mais comumente a eosina Y é usada.[16]
A desmetilação de azul de metileno em solução aquosa, utilizando calor e alcalino produz uma mistura de Azure A, Azure B, violeta de metileno, e azul de metileno. Eosina Y é então adicionada para produzir um corante de "ponto morto". O precipitado é então dissolvido numa mistura de metanol e glicerol, para formar uma solução de reserva; esta é diluída com água ou um tampão aquoso para formar uma solução 'de trabalho' que é utilizada na coloração de espécimes de patologia. A solução 'trabalho' é estável durante 3 horas.[20]
Procedimentos de captura imunocromatográficos (testes rápidos de diagnóstico, tais como os testes de detecção de antígeno da malária) são opções de diagnóstico não-microscópicas para o laboratório que podem não ter experiência microscopia apropriado disponível.[21]
Etapa de fixação: a preparação a ser corada deverá ser previamente fixada, sendo o fixador rotineiramente mais usado em hematologia, o metanol, que deve ser aplicado sobre a lâmina um período de tempo de 1 a 3 minutos.
Aplicação do corante: a solução de corante, preparada em solução alcoólica, é aplicado em gotas sobre a lâmina, pelo mesmo período de tempo em que foi realizada a fixação.
Coloração propriamente dita: adicionando-se água tamponada (chamada no meio de "água de coloração"), a pH 7, ou água destilada, recentemente fervida, sobre o corante, o que ioniza os sais contidos na solução.
Lavagem do espécime: após a coloração, as lâminas são lavadas sob jato de água corrente e em seguida procede-se a uma secagem ao ar.
Uma formulação de água tamporada ("água de coloração"), com pH regulado a 7,0 é:
É observado que a heparina frequentemente provoca alterações de nuances de coloração quando da aplicação da solução corante de Romanowsky, promovendo a formação de halos róseos em volta dos leucócitos somando causar aglutinação de heterófilos, tendo como consequência um aumento do espalhamento da população destas células, quando comparados com a homogeineidade das mesmas se em meio contendo citrato.[23][24]
Permite a contagem de leucócitos em répteis, como quelônios,[33] assim como em peixes.[34]
Visando a caracterização e contagem dos leucócitos, por processamento de imagens, a partir de alterações, desenvolve-se corantes de fase única que coram diferenciadamente os leucócitos em meio líquido.[35]
Os corantes de Romanowsky, mesmo sendo amplamente empregados na rotina laboratorial para a coloração de extensões sanguíneas (esfregaços), evidenciam os reticulócitos apenas através de leve basofilia, não permitindo a sua quantificação de forma precisa.[36]
↑Giemsa G (1904). «Eine Vereinfachung und Vervollkommnung meiner Methylenazur-Methylenblau-Eosin-Färbemethode zur Erzielung der Romanowsky-Nochtschen Chromatinfärbung». Centralbl f Bakt etc. 37: 308–311
↑CAROLINE FAGUNDES TARCITANO; Hemograma de Calopsitas (Nymphicus hollandicus) Criadas no Estado do Rio de Janeiro; Dissertação submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Ciências, no Curso de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Área de Concentração em Patologia Animal. UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO, INSTITUTO DE VETERINÁRIA; Seropédica, RJ, 2010.
↑GREEN-R.BLUE Mc LENDON, A. ratite hematology (1201-1206 p). In: FELDMAN, B.F. ; ZINK, J.G. & JAIN, N.C. Schalm´s Veterinary Hematology. 5 nd Ed. Philadelphia:Lippincot Willians, 2000,1344 p.
↑HELENA ISABEL SOARES BORGES E SILVA; CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTUDO DO HEMOGRAMA DO CAVALO PURO SANGUE LUSITANO; Dissertação apresentada para a obtenção do Grau de Mestre em Medicina Veterinária no Curso de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária conferido pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Faculdade de Medicina Veterinária Lisboa 2011.
↑Fernanda Maria Carvalho SOUSA, Airton Mendes CONDE JÚNIOR, Heliana de Barros FERNANDES, Evelin Nildiane da Silva EDLIN, Eunice Anita de Moura FORTES; MORFOLOGIA DAS CÉLULAS SANGUÍNEAS DE MANDI (PIMELODUS MACULATUS, LACÉPÈDE, 1803); REVISTA CIENTÍFICA DE MEDICINA VETERINÁRIA-ISSN:1679-7353, Ano XII-Número 23 – Julho de 2014 – Periódico Semestral