Cordomas são tumores malignos de crescimento lento, que se formam como remanescentes da notocorda. Um terço se forma na base do crânio, podendo também se formar na região lombossacral.[1][2] Histologicamente, são benignos, mas apresentam comportamento maligno por serem invasivos e por sua capacidade de metástase.
O cordoma é um tipo raro de câncer. Os cordomas representam 1-4% de todos os tumores malignos dos ossos diagnosticados anualmente e aproximadamente 20% dos tumores primários da espinha dorsal. Com uma incidência aproximada de 1 caso para cada 1.000.000 de pessoas [3], a doença é considerada rara, especialmente quando comparada a outros tipos mais comuns de câncer, como o cancer de mama, que atinge 437,4 mulheres para cada 1.000.000[4], ou o câncer de próstata, que atingirá 269,5 homens em cada 1.000.000.[5]
Os cordomas geralmente são localizados por exames de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, mas somente com exames de imagem é impossível diferenciar o coroam de outras neoplasias, sendo necessária uma biópsia. Dependendo da localização da lesão a biopsia poderá não ser possível ou ser possível apenas após a remoção do tecido em procedimento cirúrgico.[6]
Ainda não existe um protocolo estabelecido para o tratamento do cordoma, mas desde 2015 os profissionais de saúde possuem um conjunto de guias para a eleição do melhor tratamento disponível.[7] Geralmente o curso de tratamento é iniciado com a ressecção cirúrgica da lesão, tendo como meta a remoção completa do tumor com margens. Quando a cirurgia não é possível ou a remoção é subtotal pode ser indicado o uso de radioterapia.
Atualmente não existem drogas aprovadas para o tratamento do cordoma, mas algumas medicações utilizadas para o tratamento de outros tipos de câncer tem sido aplicadas com resultados variados na clínica e em ensaios científicos:
Pemetrexede dissódico (Alimta) - 14% de resposta média e sobrevida livre de progressão de 10.5 meses.[8]
Pembrolizumabe (Keyutuda) - 12% de resposta média e sobrevida livre de progressão de 6.5 meses.[9]
Apatinibe (Trastuzumabe) - 3% de resposta média e sobrevida livre de progressão de 18 meses.[10]
Imatinibe (Gleevec) - 2% de resposta média e sobrevida livre de progressão de 9.2 meses.[11]
Em fevereiro de 2024 o ator norte-americano Gary Sinise noticiou que seu filho McCanna "Mac" Anthony Sinise, de 33 anos, morreu em decorrência de um cordoma na coluna que se metastizou.[12][13] Em agosto do mesmo ano, o ator anunciou a criação do fundo Moving Ahead for Cures (MAC) em parceria com a organização não governamental Chordoma Foundation para beneficiar até 100 pacientes portadores da doença. O fundo foi inaugurado com uma doação de um milhão de dólares da família Sinise juntamente com seus amigos Terri Yontz Miller, George Joseph, Jim Courter, e a Bob & Dolores Hope Foundation.[14]
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(ajuda)
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(ajuda). doi:10.1158/1078-0432.CCR-23-2317. Consultado em 7 de julho de 2024
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(ajuda). doi:10.1016/S1470-2045(23)00282-6. Consultado em 7 de julho de 2024