Crioulo de Santiago | |
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Falado em: | Santiago em Cabo Verde |
Total falantes: | aprox. 200.000 |
Classificação: | Crioulo cabo-verdiano Crioulos de Sotavento Crioulo de Santiago |
O Crioulo de Santiago é um dialecto do crioulo cabo-verdiano, pertencente ao grupo dos crioulos de Sotavento, falado sobretudo na ilha de Santiago e comunidades de emigrantes no estrangeiro.
Estima-se que é falado por 55,92% da população em Cabo Verde,[1] mas esse número pode ser ligeiramente menor devido à migração interna nas ilhas. A esse número deverão ser acrescentados os falantes em comunidades emigrantes no estrangeiro.
Para além das características gerais dos crioulos de Sotavento o crioulo de Santiago ainda tem as seguintes características:
O Crioulo de Santiago, também conhecido como badiu, é a entidade linguística da maior e mais populosa ilha de Cabo Verde onde se situa também a capital do país, a cidade da Praia. Segundo estudos recentes, 90% do vocabulário do crioulo de Santiago é derivado do português, sendo o restante de origem africana. Dentro do badiu é ainda possível distinguir entre o crioulo rural e o urbano, sendo o segundo muito mais influenciado pelo português contemporâneo.
Badiu ou badio é o nome que em crioulo se dá ao habitante da ilha de Santiago, de uma forma geral, e ao habitante da cidade da Praia, em particular. A palavra deriva do português vadio e também pode ter um sentido pejorativo.
Nos últimos anos tem havido algumas declarações políticas em prol da oficialização do crioulo cabo-verdiano,[2] a par do português, de momento, a única língua oficial do país. Avançando-se com esta proposta, é provável que a variante a ser adoptada como norma venha a ser precisamente a de Santiago[carece de fontes], devido ao maior número de falantes.
A normalização do crioulo cabo-verdiano tem-se vindo a deparar com alguma resistência nas diferentes ilhas, especialmente em São Vicente e Santo Antão, receosas de perder a sua própria individualidade e identidade cultural.
Para ultrapassar este problema, alguns autores, como Manuel Veiga,[3] defendem um processo de normalização dos crioulos do Barlavento em torno da variante de São Vicente e outro processo de homogeneização nas ilhas do Sotavento, tendo o crioulo de Santiago por base. Assim sendo, o crioulo cabo-verdiano teria duas variantes oficiais.
O Crioulo cabo-verdiano |
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