Delúbio Soares | |
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Delúbio Soares | |
Tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) | |
Período | 6 de novembro de 2000 até 14 de fevereiro de 2005 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 6 de novembro de 1955 (69 anos) Buriti Alegre, GO |
Alma mater | Universidade Católica de Goiás |
Partido | PT (1980-2005)[nota 1] PT (2015-presente) |
Profissão | Matemático |
Delúbio Soares | |
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Crime(s) |
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Pena |
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Situação | perdão de pena (mensalão)[2] |
Delúbio Soares de Castro (Buriti Alegre, 6 de novembro de 1955) é um sindicalista e político brasileiro filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), sendo expulso em 2005 após o escândalo do mensalão,[1] no qual foi preso e condenado por corrupção ativa,[2] tendo sua filiação de volta em 2015, após ser aprovada pelo diretório nacional do PT.[4] Antes disto, foi tesoureiro do partido e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Em 2016, Delúbio foi condenado no Petrolão por lavagem de dinheiro.[3]
É formado em Matemática pela Universidade Católica de Goiás, e iniciou a política nos anos 1970.[5] Trabalhou como professor nos colégios Bandeirantes, José de Alencar, Ateneu Dom Bosco e Lyceu de Goiânia (até 1984).
Integrou o Diretório Nacional do PT, no qual exerceu a função de Secretário Sindical (1995-2000).
Antes de ser o tesoureiro do PT, Delúbio foi também sindicalista e tesoureiro nacional da CUT. Foi coordenador das campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva em 1989 e 1998. Passou a ser o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) em 2000, onde ficou conhecido nacionalmente.[6]
Esteve no centro de graves denúncias de corrupção, após a publicação do escândalo do mensalão, e consequentemente foi expulso do Partido dos Trabalhadores, em 2005. A expulsão foi aprovada por maioria de votos no Diretório Nacional.[6]
No dia 30 de março de 2006, o procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) quarenta integrantes do mensalão. O procurador descreveu o grupo como uma organização criminosa e atribuiu sua liderança a José Dirceu, José Genoino, Delúbio e Sílvio Pereira.[7]
Em novembro de 2012, foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 8 anos e 11 meses de prisão por formação de quadrilha e corrupção ativa,[8] sendo absolvido em 2014 do crime de formação de quadrilha, após o STF aceitar o recurso dos embargos infringentes.[9]
Em março de 2016 teve perdão de sua pena, no mensalão. A decisão se baseia em decreto publicado no Diário Oficial da União em dezembro de 2015, que concede perdão a presos de todo o país que se enquadrem nos critérios pré-estabelecidos pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.[10]
Ainda em 2006, Delúbio foi acusado de envolvimento também na Máfia dos Vampiros.[11]
Em 1º de abril de 2016, Delúbio foi alvo da 27ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Carbono 14. Contra Delúbio a justiça determinou mandado de condução coercitiva.[12]
Em 12 de maio de 2016, a justiça aceitou a denúncia do Ministério Público Federal, e Delúbio virou réu na ação Carbono 14, pelo crime de lavagem de dinheiro,[13] sendo condenado em 2 de março de 2017 a cinco anos de prisão em regime fechado.[3]
Em outubro de 2016, o Ministério Público Federal denunciou Delúbio por lavagem de dinheiro no caso do empréstimo de 12 milhões de reais do Banco Schahin.[14] Na mesma investigação, o MPF denunciou o ex-prefeito de Campinas Hélio de Oliveira Santos.[15]
No dia 23 de maio de 2018, o juiz federal Sergio Moro mandou prender Delúbio após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negar o último recurso no tribunal — os embargos de declaração — essa ação penal refere-se a um desdobramento do processo que condenou o pecuarista José Carlos Bumlai e dirigentes do Banco Schahin, por empréstimo fraudulento de 12 milhões de reais concedidos pelo Banco Schahin à Bumlai.[16]