O Doclisboa é o mais antigo festival de cinema em Portugal exclusivamente dedicado ao documentário. O festival acontece desde 2004 em Lisboa no mês de outubro. Em 2022, a 20ª edição do festival decorrerá entre 6 e 16 de Outubro e terá lugar no Cinema São Jorge, na Cinemateca Portuguesa, no Cinema Ideal e na Culturgest.[1]
A sua organização está ao cargo da Apordoc - Associação pelo Documentário.
O Doclisboa trouxe a Lisboa cineastas como Avi Mograbi (Israel), Rithy Panh (Cambodja), Nicolas Philibert (França), Elia Suleiman (Palestina), Mercedes Álvarez (Espanha), Ross McElwee (EUA.), Amos Gitaï (Israel), Vittorio de Seta (Itália), Alex Gibney (EUA.), Jan Troell (Suécia), João Moreira Salles (Brasil), Lech Kowalski, Margreth Olin (Noruega) e Sandrine Bonnaire (França).
2021
A 19ª edição do festival decorreu entre 21 e 31 de Outubro, com as secções e competições habituais, tendo apresentado Landscapes of Resistance, de Marta Popivoda, na abertura, e The Tale of King Crab, de Alessio Rigo de Righi e Matteo Zoppis, no encerramento. O vencedor do Grande Prémio da Competição Internacional foi o filme 918 Nights, de Arantza Santesteban, enquanto que Distopia, de Tiago Afonso, recebeu o principal prémio da Competição Portuguesa. Foram ainda realizadas duas retrospectivas de homenagem às cineastas Cecilia Mangini e Ulrike Ottinger.
Palmarés 2021
Competição | Prémio | Filme | País de produção |
---|---|---|---|
Competição Internacional | Grande Prémio Cidade de Lisboa | 918 Nights, de Arantza Santesteban | Espanha |
Prémio Canon do Júri | O Lugar Mais Seguro do Mundo, de Aline Lata e Helena Wolfenson | Brasil | |
Menção Honrosa | Public Library, de Clément Abbey | Bélgica, França | |
Competição Nacional | Prémio HBO Portugal para Melhor Filme | Distopia, de Tiago Afonso | Portugal |
Prémio SPA do Júri | Meio Ano-Luz, de Leonardo Mouramateus | Portugal, Brasil | |
Prémio Escolas ETIC | Distopia, de Tiago Afonso | Portugal | |
Verdes Anos | Prémio ADU para Melhor Filme | Late August, de Federico Cammarata, Filippo Foscarini | Itália |
Prémio especial do júri | The Rex Will Sail In, de Josip Lukic | Croácia | |
Prémio Especial Irmalucia do Júri | In Spite of Ourselves, de Olatz Ovejero, Clara López, Aurora Báez and Sebastián Ramírez | Espanha | |
Prémio Pedro Fortes para Melhor Filme Português | Meia-Luz, de Maria Patrão | Portugal | |
Menção Honrosa do Prémio Pedro Fortes para Melhor Filme Português | Fora da Bouça, de Mário Veloso | Portugal | |
Prémios transversais | Prémio Fernando Lopes para melhor primeiro filme | Sounds of Weariness, de Taymour Boulos | Líbano, Bélgica, Portugal, Hungria |
Prémio Revelação Canais TVCine para Melhor Primeira Longa-Metragem | You Are Ceausescu to Me, de Sebastian Mihăilescu | Roménia | |
Menção Honrosa | The Spark, de Valeria Mazzucchi, Antoine Harari | Suíça, França, Itália | |
Prémio Volvo para Melhor Curta-Metragem | Gargaú, de Bruno Ribeiro | Brasil | |
Menção Honrosa | Avenuers (ep. 3), de Roberto Santaguida | Canadá | |
Prémios Lugares de Trabalhos Seguros e Saudáveis | Yoon, de Pedro Figueiredo Neto, Ricardo Falcão | Portugal | |
Prémio do Público | Alcindo, de Miguel Dores | Portugal | |
Prémio Prática, Tradição e Património | Nūhū Yãg Mū Yõg Hãm: Essa Terra é Nossa!, de Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu, Roberto Romero | Brasil |
2020/21
O 18º Doclisboa decorreu entre 22 de Outubro e 10 de Maio, com uma semana de programação em cada mês. Entre Janeiro e Abril, a programação decorreu em formato online. A par da programação, o festival apresentou a Retrospectiva A viagem Permanente – O cinema Inquieto da Geórgia.
A abertura ficou a cargo de Nheengatu - A Língua da Amazônia, do português José Barahona. O festival terminou com a projecção de Paris Calligrammes, da cineasta alemã Ulrike Ottinger.
Em 2019 o festival abriu com Longa Noite de Eloy Enciso e encerrou com Technoboss, uma produção da O Som e a Fúria realizada por João Nicolau.[2] O grande prémio da competição internacional foi para Santikhiri Sonata, de Thunska Pansittivorakul. Já na competição nacional o premiado foi Viveiro, de Pedro Filipe Marques.[3]
Nesta edição, além das secções competitivas e não competitivas habituais, o Doclisboa propos ainda uma retrospetiva de Jocelyne Saab e o ciclo Ascensão e Queda do Muro – O Cinema da Alemanha de Leste.[4]
Competição | Prémio | Filme | País de produção |
---|---|---|---|
Competição Internacional | Grande Prémio | Santikhiri Sonata, de Thunska Pansittivorakul | Tailândia |
Prémio SPA | Ne croyez surtout pas que je hurle, de Frank Beauvais | França | |
Menção Especial | Um Filme de Verão, de Jo Serfaty | Brasil | |
Competição Nacional | Melhor Filme | Viveiro, de Pedro Filipe Marques | Portugal |
Prémio do júri McFly SPF | Cerro dos Pios, de Miguel de Jesus | Portugal | |
Prémio Escolas | Três Perdidos Fazem um Encontrado, de Atsushi Kuwayama | Portugal | |
Verdes Anos | Melhor Filme | A Family Tale, de Natalia Ciepiel | Suécia |
Prémio especial do júri | The Rex Will Sail In, de Josip Lukic | Croácia | |
Prémio Pedro Fortes para melhor filme português | Rio Torto, de Mário Veloso | Portugal | |
Menção Especial | Simulacro, de Duarte Maltez | Portugal | |
Prémios transversais | Prémio Fernando Lopes para melhor primeiro filme | Rio Torto, de Mário Veloso | Portugal |
Prémio Revelação / Primeira Longa-Metragem | Serpentário, de Carlos Conceição | Portugal | |
Prémio Curta-Metragem | Tribute to Judas, de Manel Raga Raga | Espanha, Bósnia Herzegovina | |
Prémio do Público | Zé Pedro Rock’n’Roll, de Diogo Varela Silva | Portugal | |
Prémio Prática, Tradição e Património | O Último Sonho, de Alberto Alvares | Brasil |
Em 2007, na sua quinta edição, o doclisboa apostou na capitalização do renovado interesse dos espectadores portugueses pelo documentário e conseguiu trazer às salas da Culturgest, do Cinema Londres e do Cinema São Jorge, um público muito numeroso e entusiasta. O documentário “foi assunto” e criou-se uma nova consciência da sua enorme riqueza, diversidade e potencialidades. O doclisboa apostou também na descoberta de novos territórios, na grande diversidade, e na vitalidade do cinema do real.
Em 2007, o filme de abertura foi o vencedor do Óscar para Melhor Documentário Taxi to the Dark Side, de Alex Gibney. Do seu programa, destaque para as actividades paralelas: masterclasses, debates, retrospectivas, encontros profissionais, acções pedagógicas, workshops, docs for kids e exposições.
33.000 espectadores | 150 filmes | 11 dias