Dorinda Cox | |
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Em 2021. | |
Senadora da Austrália pela Austrália Ocidental | |
No cargo | |
Período | 14 de setembro de 2021 até atualidade |
Antecessor(a) | Rachel Siewert |
Sucessor(a) | — |
Dados pessoais | |
Nome completo | Dorinda Rose Cox |
Nascimento | 25 de maio de 1976 (48 anos) Kojonup, Austrália Ocidental |
Nacionalidade | australiana |
Partido | Verdes |
Profissão | Policial e servidora pública |
Assinatura | |
Website | senatordorindacox |
Dorinda Rose Cox (Kojonup, 25 de maio de 1976)[1] é uma política australiana e uma mulher Yamatji-Noongar.[2] É a primeira mulher indígena a representar a Austrália Ocidental no Senado.[3] Em 2020, ganhou a pré-seleção como principal candidata ao Senado do partido dos Verdes na Austrália Ocidental e, no ano seguinte, foi nomeada para preencher a vaga aberta pela renúncia da senadora Rachel Siewert. Foi, então, eleita como senadora dos Verdes Australianos representando a Austrália Ocidental nas eleições federais australianas de 2022.[4]
Dorinda Rose Cox nasceu em Kojonup, no estado da Austrália Ocidental, de pais pertencentes aos povos Yamatji e Noongar (Kaniyang e Yued).[5] Sua família experimentou "cinco gerações de remoção de crianças em sua linha matriarcal".[6] Seu avô foi tirado de sua família e país no Gascoyne quando criança para ser criado na missão de New Norcia, onde seu nome foi mudado.[7]
Cresceu em Perth, deixando a escola, em 1994, aos 17 anos para se tornar uma cadete da Polícia da Austrália Ocidental (Western Australia Police Force). Foi cadete, entre 1994 e 1996 e oficial de ligação com a polícia aborígene, entre 1996 e 2002, onde realizou treinamento especializado em abuso infantil, entrevistas de agressão sexual e policiamento de linha de frente, incluindo a unidade de violência familiar. Deixou a força, aos 27 anos, para trabalhar para o Centrelink Master Program.[6]
Em 2008, foi nomeada para o Conselho Nacional para Reduzir a Violência Contra as Mulheres (National Council to Reduce Violence Against Women) do Governo do primeiro-ministro Kevin Rudd.[8]
Também atuou no Conselho da fundação antiviolência "Our Watch", no Comitê Consultivo do Ombudsman da Austrália Ocidental sobre Revisões de Morte Infantil e Homicídios por Violência Familiar (WA Ombudsman's Advisory Committee on Child Death Reviews and Family Violence Homicides), e no grupo de trabalho indígena para a campanha do "Tratado de Cada Mulher" (Every Woman Treaty).[6]
Produziu uma extensa pesquisa delineando estratégias para trabalhar em estreita colaboração com sobreviventes de agressão sexual das Primeiras Nações.[9] A partir de 2019, foi diretora executiva interina do Conselho de Segurança e Bem-Estar Familiar de Noongar (Noongar Family Safety and Wellbeing Council).[10] É ex-diretora não executiva da Kooraminning Aboriginal Corporation, com sede em Narrogin.[11]
Representou do partido dos Verdes na eleição estadual da Austrália Ocidental de 2017 na divisão eleitoral de Jandakot.[12] Também foi a candidata do partido nas eleições federais de 2018 na divisão eleitoral de Fremantle.[13]
Em outubro de 2020, ganhou a pré-seleção como a principal candidata na chapa, ao Senado da Austrália, dos Verdes na Austrália Ocidental nas eleições federais de 2022, após a decisão da senadora em exercício, Rachel Siewert, de não concorrer novamente. Derrotou a ex-deputada estadual Lynn MacLaren e a atual diretora estadual Sophie Greer na votação de pré-seleção.[3] Siewert optou por renunciar ao Senado antes do final de seu mandato, criando uma vaga casual a ser preenchida por Cox, em setembro de 2021.[14] Seria a primeira mulher indígena a representar a Austrália Ocidental no Senado[3] e a quinta no Parlamento Federal da Austrália.[15]
Tomou posse no Senado, em 18 de outubro de 2021.[15] Aproveitou seu discurso inaugural como uma oportunidade para esclarecer questões das Primeiras Nações, incluindo herança cultural, taxas de desabrigados, mortes sob custódia, tratado e violência familiar.[16]
Em seu primeiro discurso ao Senado, também pediu um inquérito nacional sobre mulheres desaparecidas e assassinadas das Primeiras Nações.[16] Em novembro de 2021, garantiu o apoio do Senado para estabelecer um inquérito parlamentar que examinará os processos de policiamento usados nas investigações de assassinatos e pessoas desaparecidas das Primeiras Nações.[17]
É a porta-voz do partido nas questões de mineração e recursos, comércio, turismo, ciência, pesquisa e inovação.[1]
Tem duas filhas: Ailish e Ciara, com o ex-marido.[10]
Experimenta algumas dificuldades auditivas e, em função disso, usa um implante coclear. Em 2022, foi nomeada embaixadora do Dia Mundial da Audição pelo Ear Science Institute Australia.[18]