Dorothy Masuka | |
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Dorothy Masuka | |
Informações gerais | |
Nascimento | 3 de setembro de 1935, Rodésia do Sul (atual Zimbábue) |
Origem | Zimbábue |
Morte | 23 de fevereiro de 2019 (83 anos) Joanesburgo |
Nacionalidade | sul-africano(a) |
Gênero(s) | jazz |
Ocupação | cantora e compositora |
Período em atividade | 1951-2019 |
Dorothy Masuka (Bulawayo, 3 de setembro de 1935 – Joanesburgo, 23 de fevereiro de 2019), conhecida como "Aunt Dot" (Tia Dot), foi uma compositora e cantora de jazz sul-africana nascida no atual Zimbábue, embora sua nacionalidade seja ainda reivindicada pela Zâmbia, terra de seu pai.[1]
Poliglota, falava além do inglês vários idiomas e dialetos africanos como o xona, ndebele, suaíli, lozi ou bemba, e influenciou artistas mais novos como Doreen e Busi Ncube, Yvonne Chaka Chaka e Dudu Manhenga.[1]
Seu pai, um chef num hotel em Bulawayo, era oriundo da Zâmbia, e sua mãe era de etnia zulu; quando tinha doze anos seus pais se mudaram para a África do Sul, onde ela foi interna em um colégio católico e, ali, durante shows escolares, teve seu talento descoberto e, aos dezesseis e apaixonada pelos ritmos locais kwela e marabi como pelo jazz, fugiu do internato para se juntar à banda de Philemon Magotsi, "African Ink Spots".[1]
Seus pais e professores instaram pelo seu retorno ao colégio, o que ela fez por um breve período, até que voltou para a cidade natal onde seguiu a carreira de cantora; numa volta à África do Sul compusera seu hit, "Hamba Notsokolo" e, quando tinha dezenove anos, foi contratada neste país pela Troubador Record Company, começando uma carreira de sucesso e parceria com a também cantora Dolly Rathebe.[1]
Quando tinha vinte anos se juntou à companhia de revista African Jazz and Variety onde atuavam os já famosos artistas Miriam Makeba e Hugh Masekela; neste período compôs várias canções de sucesso como Kulala, Khauleza, Khuteni Zulu, e lhe é atribuída a autoria de Pata Pata que, como outras de sua autoria, foram sucesso na voz de Makeba.[1]
Sua música se tornou bastante popular na década de 1950 e o governo sul-africano, já sob regime do apartheid passou a questioná-la.[1] Sua canção "Dr. Malan", que questionava o regime segregacionista formado exclusivamente por brancos africânderes em 1948 por Daniel François Malan, foi proibida naquele país.[2] Em 1961 estava em Bulawayo quando fez uma música em homenagem ao líder congolês Patrice Lumumba fazendo com que as autoridades da Rodésia a exilassem - condição que duraria trinta e um anos até que a independência do país como Zimbábue ocorresse, em 1980; ela fugira para o Malawi e depois para a Tanzânia onde viveu de 1961 até 1965, ano em que tentou um retorno à cidade natal que resultou em nova fuga, vivendo desde então na Zâmbia.[1]
Na década de 1980 voltou a gravar em Joanesburgo e no Zimbábue, e realizar vários shows, sobretudo na Europa, além de ter sido uma artista de sucesso em várias nações africanas, onde era recebida por chefes de estado como celebridade.[1]
Masuka sofria de hipertensão e veio a falecer após um derrame.[2] Foi sepultada no cemitério de West Park, em Joanesburgo.[3]