Erythrina mulungu | |
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E. mulungu em flor. | |
Classificação científica | |
Reino: | Plantae |
Clado: | Tracheophyta |
Clado: | Angiospermae |
Clado: | Eudicots |
Clado: | Rosídeas |
Ordem: | Fabales |
Família: | Fabaceae |
Subfamília: | Faboideae |
Gênero: | Erythrina |
Espécies: | E. mulungu
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Nome binomial | |
Erythrina mulungu | |
Sinónimos | |
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Erythrina mulungu Mart. ex Benth., (entre outros sinônimos,[1] nomes científicos) conhecida pelos nomes comuns de murungu, mulungu-coral, molungo, etc, é uma espécie de árvores da família Fabaceae e gênero Erythrina.[1] É endêmica do Brasil, encontrada no Cerrado, Caatinga, Amazônia e Mata Atlântica.[1]
Além desta existem mais duas espécies do gênero Erythrina que também são conhecidas como mulungus:
A espécie é utilizada como árvore ornamental nas regiões tropicais e subtropicais e como planta medicinal na medicina tradicional sul-americana, especialmente na brasileira.[1]
E. mulungu tem distribuição natural na Costa Rica, Panamá, Colômbia, Venezuela, Guianas e Brasil. No Brasil ocorre nos estados do Acre, Rondônia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul[2]
Os compostos ativos presentes nos extractos da planta são a tetra-hidro-isoquinolina e os alcalóides, eritravina e (+)-11α-hidroxi-eritravina.[3]
Estudos mostram que a planta possui propriedades sedativas, ansiolíticas e anticonvulsivas.[4][5][6][7]
Várias espécies de árvores do género Erythrina são usadas pelos povos indígenas da bacia do Amazonas como plantas medicinais, para produção de insecticidas e como veneno para peixes.
A utilização para fins medicinais é, em geral, feita sob a forma de tintura ou por decocção da casca, ou folhas. Na medicina tradicional brasileira estes preparados são utilizados como sedativo, para acalmar situações de nervosidade excessiva, combater a insônia e a depressão e para baixar a pressão sanguínea.[8][9]
Preparados de E. mulungu são comercializados no Brasil, mas são incomuns na América do Norte e quase desconhecidos na Europa, regiões onde apenas aparecem raramente como parte de fórmulas de ervanária utilizadas no combate à ansiedade e depressão.[9]
A espécie apresenta uma extensa sinonímia taxonómica que inclui, entre outros, os seguintes binomes: Corallodendron mulungu (Martius) Kuntze; Erythrina flammea Herzog e Erythrina verna Mart. ex Benth.. O binome E. verna aparece com frequência na literatura lusófona e em usos comerciais e técnicos relacionados com o comércio de plantio da espécie.
Também no que respeita aos nomes comuns (nomes populares) existe uma grande variedade de nomes regionais, alguns dos quais utilizados em jardinagem e em arboriculutura. Entre esses nomes incluem-se: amansa-senhor, capa-homem, canivete, corticeira, bico-de-papagaio, eritrina, sapatinho-de-judeu, sananduva e mulungú-suinã.
Suas sementes vermelho-alaranjadas são consideradas muito tóxicas, a ingestão deve ser evitada, havendo perigo de morte.[10]
As sementes germinam em substrato organo-arenoso cobertas com uma camada de 1 a 2 cm, sendo irrigadas diariamente, emergindo com 7 a 16 dias, tendo alta taxa de germinação.[11][10] A quebra de dormência geralmente não é necessária. Mas quando é, é realizada através de tratamentos germinativos que consistem na escarificação mecânica com lixa da parte extrema-oposta ao hilo abrindo uma pequena passagem no tegumento; e imersão em água por 24 horas ou mais.[12]