Front Mission 2 | |
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Produtora(s) | Square |
Editora(s) | Square |
Série | Front Mission |
Plataforma(s) | PlayStation |
Lançamento |
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Gênero(s) | RPG Tático |
Modos de jogo | Singleplayer |
Front Mission 2 (フロントミッション セカンド Furonto Missho Sekando?) é um jogo de RPG tático para o PlayStation e desenvolvido e publicado pela Square. É o segundo jogo que faz parte do enredo da série.[1]
De acordo com o responsável pelas relações públicas da série, Koichiro Sakamoto, o jogo nunca foi lançado para fora do Japão devido a presença de situações e diálogos que causariam constrangimento na América do Norte [2].
A jogabilidade de Front Mission 2 tem muitas similaridades com o jogo anterior da série, Front Mission, pois manteve o cerne do jogo. Isso não significa que o jogo é uma cópia exata. Várias mudanças são perceptíveis. Primeiro, mais armas tem um alcance, ao contrário do que no jogo anterior em só lança-mísseis e lança-granadas tinham um alcance. Segundo, o terreno influencia na precisão de tiro do wanzer e na possibilidade de contra-ataque. Outra coisa notável é que as armas tem munição limitada. Outras mudanças notáveis são os sistemas de AP (Action Points, em portugês, Pontos de Ação) e o sistema de Honor (Honra, em português).
O sistema de AP dita quantas ações o personagem poderá executar por turno. Ações como movimento e atacar um inimigo gastam APs. No final de um turno inteiro, uma fase sua e uma fase do inimigo, uma certa quantidade de AP é restaurada. Os valores de AP, total e capacidade de recarga, são aumentados conforme o crescimento dos níveis dos personagens. Esses fundamentos básicos do sistema de AP estão presente nas sequências. Entretanto, o sistema de Front Mission 2 possui muitos fatores que o resulta em um nível de detalhamento mais profundo de estratégia.
A quantidade de AP influencia a efetividade de vários fatores como precisão e evasão. Tendo uma barra de AP quase cheia resulta em ótimos ataques, enquanto pequenas quantidades geram poucos acertos. Os AP também influenciam nos contra-ataques e na ativação de habilidades, tornando crucial o gerencimento da quantidade de AP de todos. O sistema de Honor, que avalia o quão respeitado é um personagem no campo de batalha, adiciona mais fatores com a adição do sistema de AP.
A grande característica no sistema de Honor é o efeito no time, onde andar pelo mapa com os aliados por perto garante vantagens. Tais situações resultam em maiores quantidades de AP e recarga mais rápida dos AP, e também melhoras nos atributos de combate. Por isso, cercar inimigos facilita a destruição deles, pois o AP dele é reduzido. A mesma situação aplica-se aos inimigos, para equilibrar o sistema. A Honor é aumentada destruindo inimigos e utilizando o fator do time. Habilidades de batalha só são conseguidas através do sistema de Honor.
Através da combinação do sistema de AP e de Honor, Front Mission 2 possui um grande nível de complexidade estratégica. Adicione mais mudanças ao sistema e você terá um dos jogos da série Front Mission mais focados em estratégia. Esse foco em estratégia tem suas desvantagens, como por exemplo uma curva de aprendizado em que o aprendizado tem que ser rápido, e um jogo longe de ser amigável ao usuário. Missões como enfrentar 20 inimigos em território adverso só comprovam isso.
Deixando as batalhas de lado, Front Mission é praticamente o mesmo do primeiro Front Mission. Há partes em que o jogador vai às cidades melhorar seu wanzer e no coliseu lutar para ganhar dinheiro. A customização massiva de wanzers continua a mesma, só que com mais peças novas. Uma nova funcionalidade é o sistema de NetWork, uma pseudo-internet onde o jogador pode aprender mais sobre o mundo do jogo. Essa funcionalidade é expandida na sequência do jogo, Front Mission 3.
Ocorre na O.C.U. Alordesh (atual Bangladesh) durante Junho de 2102. Front Mission 2 é a história do soldado da Oceania Cooperative Union (O.C.U.) Ash Faruk e da oficial Lisa Stanley. Uma noite, Ash e seu batalhão, os Muddy Otters, são surpreendidos quando o Exército de Alordesh se revolta contra a O.C.U.. Escapando por pouco do ataque a Rimian Naval Base, os Muddy Otters são forçados a fugirem das forças rebeldes. Enquanto os Muddy Otters se juntam com os outros batalhões sobreviventes da OCU, a OCU envia uma força expedicionária para reconquistar a região. Durante esse tempo, a O.C.U. Intelligence Agency (Agência de Inteligência da OCU) envia Lisa Stanley e sua unidade para analisar os movimentos do exército de Alordesh para ajudar os exércitos da OCU.
O jogo alterna entre o ponto de vista dos dois protagonistas, Ash Faruk e Lisa Stanley. Após um certo tempo, os grupos se juntam, sobre o ponto de vista de Ash.
A trilha sonora de Front Mission foi composta por Noriko Matsueda, que também compôs a trilha sonora do primeiro Front Mission. O disco Front Mission 2 Original Soundtrack foi lançado pela DigiCube no dia 21 de Setembro de 1997, em um disco único com 43 faixas.[3]
Recepção | |
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Resenha crítica | |
Publicação | Nota |
Famitsu | 32/40 |
Front Mission 2 foi tanto um sucesso financeiro como de crítica no Japão. O jogo vendeu 496,200 cópias, o tornando o 18º jogo mais vendido de 1997.[4][5] A Famitsu deu uma nota de 32 em 40 no lançamento do jogo.[6] A revista também escolheu o jogo como o 63º melhor jogo do PlayStation.[7]
Front Mission 2 foi criticado por seus longos momentos de carregamento do jogo, fazendo com que o jogador tenha que esperar mais de 10 segundos para o início de uma cena de batalha, algo que ocorre centenas de vezes em uma batalha. A falha técnica foi consertada mais tarde, na reedição Ultimate Hits, onde o jogador podia ignorar as cenas de batalha.[8] O jogo foi relançado mais tarde Front Mission e Front Mission 3 como parte da compilação Front Mission History. Essa versão inclui uma opção de batalhas curtas, que permite o jogador avançar pela história através de uma forma mais rápida.[9]