Gabriel Casagrande | |
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Gabriel Casagrande em 2024. | |
Nacionalidade | brasileiro |
Data de Nascimento | 20 de fevereiro de 1995 (29 anos) |
Local de Nascimento | Francisco Beltrão, PR |
Stock Car Pro Series de 2024 | |
Ano de estreia | 2013 |
Equipe atual | Vogel Motorsport |
Número do carro | 83 |
Primeira corrida | Segunda Etapa de Cascavel de 2013 |
Primeira vitória | Etapa de Curvelo de 2017 |
Última vitória | Etapa de Buenos Aires de 2024 |
Última corrida | Super Final BRB 2024 |
Títulos | |
2021, 2023, 2024 | Stock Car Pro Series |
Sítio oficial | gabrielcasagrande.com.br |
Gabriel Meimberg Casagrande (Francisco Beltrão, 20 de fevereiro de 1995) é um automobilista brasileiro. Desde 2013 compete na Stock Car Brasil, sagrando-se campeão em 2021[1], 2023[2] e 2024[3].
Nascido em Francisco Beltrão, Gabriel Meimberg Casagrande é filho do empresário gaúcho Edson Luiz Casagrande e de Angélica Meimberg Casagrande, e tem duas irmãs, Luísa e Cristiane. Ele se criou em Pato Branco, onde viveu de 2001 a 2013,[4] e gostava do automobilismo desde criança. Em entrevista ao Globo Esporte, o piloto paranaense admitiu que chegou a sonhar com a Fórmula 1, mas aos dezoito anos, escolheu retornar ao Brasil, em uma decisão que ele classificou como "psicológica e financeira". Casagrande disse que com essa decisão, ele pôde ter uma vida normal, mesmo sendo piloto, afinal, ele pôde terminar os estudos, trabalhar com seu pai e estar perto de seus amigos, coisa que ele não conseguiria se vivesse fora do país.
Além do automobilismo, Gabriel também é um grande fã de música sertaneja. A paixão veio de sua mãe, que também toca, e ele, assim como suas irmãs, aprendeu a tocar vários instrumentos, como o violão. Gabriel chegou a cantar em um show de Gian & Giovani, se beneficiando da amizade de seu pai com este último. Mas atualmente, ele prefere focar na sua carreira como piloto, deixando a música como um hobby.[5]
Por influência de seu pai gaúcho, Gabriel e suas irmãs são torcedores do Grêmio, embora sua rotina como piloto profissional o impeça de assistir aos jogos.[6]
Carreira vencedora no Kart, onde foi duas vezes vice-campeão da Seletiva Petrobrás[7], duas vezes da Copa do Brasil[8] e uma do brasileiro júnior de Kart[9]. Foi também bicampeão paranaense[10] e gaúcho[11]. Campeão brasileiro de Kart – Graduados em 2012[12], campeão sul-brasileiro de Kart - Júnior[13], campeão catarinense de Kart Graduado[14] e da Copa Paraná.[15]
Casagrande passou a temporada 2012 na Europa, competindo em três categorias da F-Renault pela Mark Burdett Motorsport: a F-Renault Alpes, a Eurocopa e a Copa da Europa do Norte, enfrentando nomes como Stoffel Vandoorne, Daniil Kvyat, Esteban Ocon, Alexander Albon, Nyck de Vries e Pierre Gasly. Seu melhor desempenho foi na competição norte-europeia, onde o paranaense fez dois pódios, ficou em oitavo na classificação geral e foi o melhor novato,[16][17] mas ao final da temporada, decidiu voltar ao Brasil para seguir carreira na categoria Turismo.[4]
Em 2013, Gabriel correu três etapas na principal categoria da Stock Car Brasil pela equipe RC3 Bassani[18] e o restante no Campeonato Brasileiro de Turismo, terminando em terceiro colocado geral na modalidade.[19]
Na temporada 2014, Casagrande correu com a equipe C2 Team (antiga Gramacho)[20], tendo como companheiro de equipe o piloto Diego Nunes.[21] Também fez dupla com o veterano Enrique Bernoldi na primeira corrida da temporada.[22]
Na temporada 2017, Gabriel passou a disputar o campeonato pela Vogel Motorsport.[23] Ele conquistou a primeira vitória da carreira na categoria ao vencer a segunda corrida da Etapa de Curvelo, em Minas Gerais.[24]
Em 2019, ele se mudou para a Crown Racing, equipe que tinha Cacá Bueno como um dos sócios, e foi companheiro de equipe de Marcel Coletta.[25] Casagrande conquistou sua segunda vitória na categoria nessa temporada, ao vencer a primeira corrida da Segunda Etapa de Goiânia.[26] Casagrande ainda fez seis pódios seguidos, duas poles, e figurou como um dos candidatos ao título até as rodadas finais,[27][28] mas ficou em sétimo, com 303 pontos, enquanto Daniel Serra foi tricampeão.[29]
2020 foi a temporada marcada pela pandemia e pelas mudanças de regulamento. Casagrande correu na R. Mattheis, pela qual venceu em Curvelo e teve mais dois pódios. Ele chegou à final como um dos onze candidatos ao título, precisando de uma vitória e de revezes de Thiago Camilo, Daniel Serra e Ricardo Maurício para ser campeão.[30] Mas às vésperas da prova em Interlagos, o paranaense teve testes positivos e negativos para a COVID-19. Por precaução, ele foi retirado da prova,[31] e assim, o caminho ficou livre para seus outros dez adversários, com Maurício levando a vitória e o tricampeonato,[32] enquanto Casagrande ficou na oitava posição, com 224 pontos, os mesmos do sétimo colocado Nelson Piquet Jr., mas o paranaense ficou atrás por ter um pódio a menos.[33]
Em 2021, Casagrande correu pela A.Mattheis Vogel Motorsport ao lado do piloto brasiliense Gustavo Lima, com quem correu desde os tempos na F-Renault. O paranaense teve sua primeira pole na primeira etapa em Interlagos, que ele venceu. Além dessa, ele teve outra vitória e chegou à final com chances de título pela terceira vez consecutiva, mas dessa vez, ele entrou como líder do campeonato e saiu como campeão da categoria.[1] Ele encerrou o ano com catorze pódios e somou 378 pontos, 24 a mais do que o vice Daniel Serra.[34]
Na temporada de 2022, Casagrande teve duas vitórias, incluindo a da Corrida de Duplas, na qual ele doou o valor de seu prêmio para os afetados pelas enchentes em Petrópolis.[35] Ele chegou à corrida final como um dos quatro candidatos ao título, concorrendo com Daniel Serra, Matías Rossi e o ex-F1 Rubens Barrichello.[36] Mas na largada, Barrichello rodou, colidiu com Serra, e posteriormente, Casagrande também bateu e como consequência, aconteceu um Big One. A direção de prova considerou o paranaense como culpado pelo acidente e o desclassificou da prova, o que deu o título para Barrichello.[37] Com esse resultado, Casagrande fechou o ano em terceiro, com 307 pontos, nove atrás de Serra e 23 atrás de Rubinho.[38] Porém, Casagrande não ficou nada satisfeito com a decisão dos comissários, achando que a culpa tinha sido de Daniel, e lamentando que havia "gente com mais poder" do que ele.[39]
Em 2023, Casagrande teve três vitórias e mais quatro pódios, entrando mais uma vez na Super Final como candidato ao título, rivalizando mais uma vez com Daniel Serra. Na última corrida, o #83 só precisou de um vigésimo primeiro lugar para ser bicampeão em Interlagos.[2] Ele acumulou 308 pontos, doze a mais do que Serra, o vice.[40]
O campeonato de 2024 já estaria na história por ser o último a utilizar Sedans, carros presentes na categoria desde sua primeira temporada em 1979. No entanto, uma polêmica descoberta envolvendo os pneus das equipes TMG e Crown alterou os rumos da competição. A imprensa revelou que os carros dirigidos por Felipe Baptista, Enzo Elias, Rafael Suzuki e Felipe Massa tinham pneus adulterados pelo processo de vulcanização, que davam vantagens para os quatro pilotos, com isso se destacando na prova do Velopark, e esse caso foi apelidado pela imprensa de "Pneugate".[41] Assim, as duas equipes foram desclassificadas dessa etapa, o que prejudicou Baptista, vencedor de uma das provas, e Massa, que liderava o campeonato na época.[42]
Após a contabilização das desclassificações, Casagrande assumiu a liderança, se beneficiando de seus bons resultados na segunda metade do campeonato, incluindo suas vitórias no Uruguai e na Argentina.[43] Na rodada final, a liderança estava com Felipe Baptista, e Casagrande ainda tinha outros adversários pelo título: Felipe Massa, Júlio Campos, Eduardo Barrichello, Ricardo Zonta, Bruno Baptista e Rafael Suzuki, sendo que nenhum deles além de Gabriel tinha sido campeão da categoria.[44] Na corrida que encerrou a temporada, Casagrande ficou em terceiro lugar e se sagrou tricampeão, mas ele teve que esperar até a segunda-feira para que seu título fosse confirmado pelo STJD.[45] Assim, o piloto paranaense fechou 2024 com pontos, ficando 41 à frente do vice-campeão Massa, enquanto Felipe Baptista, que teria sido campeão sem as desclassificações, amargou o sexto lugar.[46] Casagrande se emocionou e vibrou com seu terceiro título, que veio em meio a um ano difícil, enfatizando que sua conquista se deu "de maneira limpa e justa", e ainda provocou, dizendo que teria mais no ano seguinte.[47]
Corrida em negrito significa pole position; corrida em itálico significa volta mais rápida.
Ano | Equipe | Carro | 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | Clas. | Pts. | ||||||||||
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2013 | RC3 Bassani | Peugeot | SAO |
CTB |
TAR |
SAL |
BSB |
CAS |
RBP |
CAS 18 |
VEL 22 |
CUR Ret |
BSB |
SAO |
33º | 3 | ||||||||||
2014 | C2 Team | Peugeot | SAO 19 |
SCZ Ret |
SCZ 8 |
BSB Ret |
BSB NL |
GOI 22 |
GOI 24 |
GOI 18 |
CAS 5 |
CAS Ret |
CTB 19 |
CTB 10 |
VEL 16 |
VEL 17 |
SCZ 14 |
SCZ Ret |
TAR 11 |
TAR NL |
SAL 11 |
SAL 8 |
CTB Ret |
23º | 71 | |
2015 | C2 Team | Peugeot | GOI 20 |
RBP DSQ |
RBP 10 |
VEL Ret |
VEL 7 |
CTB 13 |
CTB 23 |
SCZ 9 |
SCZ 7 |
CTB Ret |
CTB 7 |
GOI 24 |
CAS 22 |
CAS NL |
CGD 18 |
CGD 14 |
CTB 8 |
CTB Ret |
TAR 11 |
TAR Ret |
SAO 4 |
16º | 110 |