Galeria Nacional de Arte Estrangeira Национална галерия за чуждестранно изкуство | |
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Informações gerais | |
Tipo | Galeria de arte |
Inauguração | 1885 (138–139 anos) |
Website | www.nationalartgallerybg.org |
Geografia | |
País | Bulgária |
Cidade | Sófia |
Coordenadas | 42° 41′ 46″ N, 23° 20′ 04″ L |
Geolocalização no mapa: Bulgária |
A Galeria Nacional de Arte Estrangeira (em bulgáro: Национална галерия за чуждестранно изкуство, Natsionalna galeriya za chuzhdestranno izkustvo) é uma galeria de arte localizada na Praça São Alexander Nevsky, em Sófia na Bulgária. A galeria é uma instituição nacional para a arte não búlgara. Ela está localizada no edifício neoclássico do século XIX da antiga Impressa Real.
O edifício da Galeria Nacional de Arte Estrangeira foi construído entre 1882 e 1884 durante a reinado do príncipe Alexandre I da Bulgária com o projeto do arquiteto austríaco Friedrich Schwanberg[1] e reconstruído depois que sofreu danos significativos durante o bombardeio de Sófia na Segunda Guerra Mundial.[2] A própria galeria foi fundada em 5 de novembro de 1985 como a galeria de arte da Fundação Santos Cirilo e Metódio, que mais tarde, através de doações, aumentaria o seu acervo, além de adições da seção de arte estrangeira da Galeria Nacional de Arte.[3]
Uma grande parte das doações foram feitas através do fundo "13.º Século do Estado Búlgaro", estabelecido por Lyudmila Zhivkova, Presidente do Comitê de Arte e Cultura, na década de 1980.
Desde maio de 2015, as coleções da Galeria Nacional de Arte Estrangeira são exibidas juntamente com as coleções do século XIX e XX da Galeria Nacional de Arte. Para este propósito, o edifício na Praça São Alexander Nevsky foi ampliado. O espaço de exposição resultante é conhecido como Praça da Galeria Nacional.[4]
A exposição permanente da galeria apresenta arte europeia, asiática (budista, japonesa e indiana) e africana, bem como secções separadas de arte contemporânea e gravura. Algumas das obras estão em restauração, enquanto outras estão em estoque, mas não são exibidas devido à falta de espaço.
Os salões um, dois e três realizam exposições de arte indiana. O primeiro é focado em miniatura indiana. A coleção inclui obras tradicionais, pinturas da Era Mogol e do Sultanato de Déli e as escolas de arte de Rajastão e Pahara. O segundo contém esculturas religiosas de 320-550. As figuras representam deuses hindus como Víxenu, Ganexa, Brama, Xiva e Críxena. Já o salão três realiza uma exposição de esculturas muito raras do século XVI de santos cristãos de Goa, influenciadas pela tradição indiana.
A quarta seção contém uma coleção de várias cópias japonesas de ukiyo-e, que datam do século XVIII. É o principal gênero artístico da impressão em madeira no Japão. Normalmente, a palavra ukiyo é literalmente traduzida como "mundo flutuante", referindo-se a uma concepção de um mundo evanescente, uma beleza permanente e fugaz e um domínio de entretenimentos (kabuki, cortesã, gueixa) divorciados das responsabilidades do mundo mundano e cotidiano; "imagens do mundo flutuante", ou seja, ukiyo-e, são consideradas um gênero para si mesmas. A coleção oferece uma visão do desenvolvimento do ukiyo-e de impressões monocromáticas a policromadas, bem como os primeiros contatos de arte japonesa e europeia. Alguns dos artistas incluídos são Hokusai, Hiroshige, Kikukawa Eizan e Utamaro.
A coleção de arte africana no quinto piso é composta principalmente por esculturas com função de culto religioso. Máscaras também estão presentes. Muitos dos itens pertencem a culturas locais do Benim e Gana, e algumas estátuas e máscaras dogons também são apresentadas.
O sexto piso exibe arte budista da região do Sudeste Asiático, principalmente do Reino de Pagã e outras áreas do que hoje é Mianmar. Esculturas do Buda nas diferentes posições e de vários materiais, bem como manuscritos e outras artes finas e aplicadas, datam já do século XI. Esta coleção foi doada à galeria em 1987.
O sétimo, oitavo e nono pisos exibem uma rica coleção de belas-artes europeias dos séculos XV a XX. O sétimo setor está concentrado principalmente em torno da arte renascentista, juntamente com coleções menores de pintura holandesa do século de ouro holandês. O trabalho mais antigo da exposição, O Batismo de Cristo de Andrea del Verrocchio, data do final do século XV. Outros artistas italianos incluem Pietro Perugino, Antonio da Correggio, Rosso Fiorentino, Giovanni Battista Moroni e Alessandro Magnasco. A pintura holandesa é representada por Jan van Goyen, Nicolaes Pieterszoon Berchem, Isaac van Ostade e Frans Francken II. A oitava sessão engloba arte francesa e flamenga do século XVIII até a primeira metade do XIX, principalmente obras de Jean-Baptiste Greuze, Francisco Goya e Jan Frans van Bredael. O nono piso exibe pintura e escultura da segunda metade do século XIX e do XX por Auguste Rodin, Ivan Meštrović, Pierre-Auguste Renoir, Marc Chagall, Pablo Picasso, Joan Miró e Salvador Dalí, entre outros. Por fim, o décimo hall possui uma rara exibição de pinturas de Les Nabis, um grupo de artistas de vanguarda pós-impressionista que marcaram o ritmo das artes plásticas e artes gráficas na França na década de 1890.
Os salões 11 a 19 realizam exposições diversas, incluindo um Salon d'Automne (Hall 18), uma coleção de obras temáticas e parisienses do início do século XX, arte moderna espanhola, uma exposição dedicada a Nicholas Roerich, bem como um novo espaço onde são realizadas exposições temporárias.