Genevieve Grotjan Feinstein | |
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Nascimento | 30 de abril de 1913 Buffalo |
Morte | 10 de agosto de 2006 Fairfax |
Cidadania | Estados Unidos |
Ocupação | matemática, criptoanalista, criptógrafa |
Empregador(a) | Universidade George Mason |
Genevieve Marie Grotjan Feinstein (Buffalo, 30 de abril de 1913 — Fairfax, 10 de agosto de 2006) foi uma matemática e criptógrafa estado-unidense. Durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhou no Serviço de Inteligência de Sinais, onde decifrou os códigos da máquina criptográfica japonesa Purple, e posteriormente trabalhou no projeto Venona durante a Guerra Fria.[1]
Em fevereiro de 1936, Genevieve graduou-se em matemática na Universidade Estadual de Nova Iorque em Buffalo com summa cum laude. Posteriormente trabalhou como estatística no Conselho de Reforma de Ferrovias.[2] A sua alta pontuação obtida num teste de matemática do serviço civil em 1939 chamou a atenção de William F. Friedman, que a contratou para trabalhar como criptoanalista no Serviço de Inteligência de Sinais. Durante dezoito meses, ela trabalhou com outros decifradores para analisar o sistema de criptografia usado na Máquina Criptográfica japonesa do Tipo B, que foi designada nos Estados Unidos como Purple (roxa).[3]:p. 8 Ela desempenhou um papel fundamental na decifração da chave da cifra,[4] tendo descoberto o comportamento cíclico do código a 20 de setembro de 1940.[5]:99 Isto possibilitou a construção de uma máquina equivalente pelo Serviço de Inteligência de Sinais, que por sua vez possibilitou a interceptação de quase todas as mensagens trocadas entre o governo japonês e as suas embaixadas nos países estrangeiros.[4][6] Os relatórios codificados da máquina elaborados pelo embaixador japonês em Berlim, Hiroshi Oshima, foram a principal fonte de inteligência sobre os planos das potências do Eixo.[5]:102
Em 1946, ela foi agraciada com o Prémio de Serviço Civil Excecional pelo militar Paul Everton Peabody por seu serviço de guerra.[7]
Posteriormente ingressou ao projeto Venona, onde decodificou as mensagens criptografadas enviadas pelo Comité de Segurança do Estado e pelo Departamento Central de Inteligência da União Soviética.[4] Graças aos seus avanços significativos realizados em novembro de 1944, os criptógrafos estado-unidenses conseguiram reconhecer quando uma chave de uso único era reutilizada. Mesmo após ao fim da Segunda Guerra Mundial, Feinstein continuou a trabalhar no Serviço de Inteligência de Sinais, tendo renunciado ao cargo em 1947.[8] Posteriormente foi professora de matemática da Universidade George Mason.[4]
Em 1943 Genevieve Grotjan casou-se com o químico Hyman Feinstein que trabalhava no Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia, com quem teve o filho Ellis,[4] que morreu de um problema cardíaco aos vinte e dois anos.[2] Grotjan morreu em 2006.[8]
O avanço de Feinstein ao decifrar a máquina Purple foi descrito na obra Encyclopedia of American Women at War, como "uma das maiores conquistas na história da quebra de códigos dos Estados Unidos".[4] Ela foi empossada postumamente no Salão de Honra da Agência de Segurança Nacional em 2010, e um prémio de criptologia foi criado na Universidade George Mason em sua homenagem.[8] Em 2018, a Universidade Estadual de Nova Iorque em Buffalo atribuiu-lhe o título de "heroína estado-unidense".[7]