Giovanni d'Andrea | |
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Arca funerária de Giovanni d'Andrea exposta no Museu cívico medieval de Bolonha | |
Nascimento | 1270 Firenzuola |
Morte | 1348 (77–78 anos) Bolonha |
Filho(a)(s) | Novella d'Andrea, Bettina d'Andrea |
Ocupação | jurista, professor universitário, advogado, Canonista |
Empregador(a) | Universidade de Bolonha, Universidade de Pádua |
Causa da morte | peste |
Giovanni d'Andrea ou Johannes Andreæ, (Rifredo, c. 1270/1275 — Bolonha, 1348) foi um especialista italiano em Direito canônico, o canonista mais renomado e bem-sucedidos do final da Idade Média. Seus contemporâneos se referiam a ele como iuris canonici fons et tuba (“a fonte e a trombeta do direito canônico”). O mais importante entre as suas obras foram os extensos comentários sobre todas as coleções oficiais de epístolas decretais dos papas, julgamentos papais na forma de cartas a juízes delegados que estavam no cerne do direito canônico.[1]
Giovanni d'Andrea nasceu em Rifredo, perto de Florença, e estudou Direito romano e Direito canônico na Universidade de Bolonha, a maior escola de Direito da época, onde se distinguiu neste tema, tanto que foi nomeado professor em Pádua, e depois em Pisa antes de retornar a Bolonha, onde permaneceu dos anos 1301–1302 até sua morte, exceto por breve período em Pádua, de 1307 a 1309 e em 1319. Escreveu os estatutos pelos quais a Universidade foi governada, em 1317.[2]
Histórias curiosas foram escritas sobre ele, como, por exemplo, a da automortificação que ele se submetia todas as noites por aproximadamente vinte anos deitado nu no chão e coberto apenas com uma pele de urso; que em uma audiência com o Papa Bonifácio VIII, por sua extraordinária baixa estatura, levou o Papa a acreditar que ele estava de joelhos, e pediu-lhe três vezes para que ficasse de pé, para divertimento dos cardeais; e que ele teve uma filha, Novella d'Andrea, tão conhecedora de Direito, que quando ele precisava se ausentar, ela o substituía em suas palestras, era tão bonita, que tinha que esconder o seu rosto por detrás de uma cortina para não distrair a atenção dos alunos.[2]
D'Andrea morreu em Bolonha em decorrência da peste negra em 1348, e um epitáfio na igreja dos dominicanos, na qual foi sepultado, o chamando de Rabbi Doctorum, Lux, Censor, Normaque Morum atesta o reconhecimento de seu caráter público. Johannes Calderinus foi seu aluno e, mais tarde, seu filho adotivo. Paulus de Liazariis e Giovanni Antonio Sangiorgio estavam entre seus alunos, e tinha entre seus amigos os humanistas Cino da Pistoia e Petrarca.
A produção de Giovanni d'Andrea foi vasta:
Entre as obras menores, estão seus aditamentos ao Speculum de Guilherme Durando são simplesmente uma adaptação do Consilia de Oldradus de Ponte, assim como também é seu De Sponsalibus et Matrimonio, de Johannes Anguisciola.[2]