Guambianos Misak |
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População total |
Regiões com população significativa |
Línguas |
Namtrik |
Religiões |
tradicional, evangélica, católica |
Grupos étnicos relacionados |
Coconuco, Totoró, Ambaló, Quizgó |
Os Guambianos ou Misak são um povo originário do Cauca, no sul da Colômbia. Sua principal terra indígena demarcada desde a época colonial é Guambia, no município de Silvia, mas eles também vivem em outras localidades próximas, na Cordilheira Central dos Andes colombianos.[2][3] Para ter acesso às terras cultiváveis, alguns emigraram para fundar novas reservas no Huila e no próprio Cauca.[4]
No Vale de Pubenza estava a Confederação Pubense, cujo centro era a atual Popayán, que chamavam Yauto. O território da confederação chegava até Santander de Quilichao ao norte; ao sul até o rio Moras, e a leste os páramos e o sopé oriental da Cordilheira Central. Das obras de engenharia indígenas na região, a mais notável é a pirâmide do Morro de Tulcán, que era um local cerimonial indígena dentro da área de maior concentração da população assentada no Vale, onde os pubenenses tinham domínio político estendido a todas as comunidades.[5]
Formavam parte desta confederação Guambia, Coconuco, Quizgó, Ambaló, Zanzula, Malvasá, Polindara, Pisabarro, Guanaca, Socomita, Chero, Chizatao, Timbío, Cajibío y Calosé. Com a Conquista espanhola, essa confederação desapareceu, mas os Misak se refugiaram nos páramos mais distantes para conseguir sobreviver.[6] Em 1700, a Coroa espanhola finalmente demarcou e escriturou a terra de Guambia como "resguardo", cuja autoridade principal era o cacique.[3]
Muitos Misak retornaram para as terras baixas e, com a Constituição de 1991 conseguiram a demarcação de novos "resguardos". Toda essa rede de terras indígenas (16 e duas comunidades) é chamada de Nu nachak, que significa "nosso grande lar", ou Grande Confederação Misak, e se refere à união social do povo Misak como se fosse o lar da família dos antigos.[4]
Os seguintes "resguardos" Misak são reconhecidos oficialmente:
Eles compartilham a terra indígena La Reforma, em La Plata, com uma comunidade Nasa. Em Tuluá, existe uma comunidade no setor rural, e em Cali, a comunidade Nu Pachik chak vive há 50 anos. Outros assentamentos Misak estão em territórios do Cauca, como Kurak-Chak (Cajibío), Piscitao, (Pinedamó), Munchique (El Tambo), San Antonio (Morales) e Ovejas (Caldono) .[4][6]
Os grupos domésticos patrilocais são a base da organização social. Eles praticam a endogamia étnica e a exogamia da comunidade local.
A sua economia é baseada na agricultura, tendo como principais culturas o milho, a batata, os feijões, o café, o ulhuco, a oca, a cenoura, a beterraba, a lentilha, a couve e a fava.[2]
Seu pensamento é dualista, baseado em oposições como sol-lua, masculino-feminino. O mөrөpik é o curandeiro Misak, ele é escolhido entre as crianças com disposição, e é educado para mediar com os espíritos. Faz a cerimônia de limpeza chamada pishimarөp.
A vestimenta tradicional do homem é uma curta saia azul (lusa pal) que envolve a cintura, dois ponchos retangulares estreitos (tori) e um chapéu . As mulheres vestem o luzig o "anaco", um vestido típico que vai abaixo do joelho, pressionado na cintura com uma faixa, uma blusa monocromática, uma capa azul que passa sobre o peito presa por um prendedor de metal, gargantilhas de contas, e um chapéu (kuari).[2]
Os misak falam sua própria língua Namtrik, que está intimamente relacionada às línguas totoró (do muncípio de Totoró) e coconuco, e tem sido classificada na família barbacoana.[7]