Guilherme Frangipani (em italiano: Guglielmo Frangipani; em grego: Γουλιέλμος Φραγκιπάνης; m. 1337) foi um arcebispo latino de Patras e governante da Baronia de Patras na Grécia franca de 1317 até sua morte em 1337.
Um membro da Ordem Franciscana, Guilherme Frangipani foi descendente duma proeminente família romana.[1] Ocupando a sé de Patras desde 3 de janeiro de 1317,[2] provou-se um prelado capaz e energético, e durante seu mandato atuou como um senhor virtualmente autônomo.[3] Frangipani manteve laços íntimos com a República de Veneza — ele tornou-se um cidadão veneziano em 30 de janeiro de 1336 — e em 1321, como o Principado da Acaia foi ameaçado pelos avanços bizantinos sob Andrônico Asen, chefiou um movimento mal sucedido para oferecer à república o controle do que restava do principado.[1][4]
No entanto, em 1325, participou junto com outros magnatas e senhores feudais do principado na recepção cerimonial do novo príncipe, João de Gravina, em Glarentza.[5][6] Em 1329, foi nomeado como bailio do principado na ausência do príncipe, Roberto de Taranto. Ele foi o primeiro clérigo a ser nomeado para o posto, que ele manteve até 1331. Além de julgar diferenças entre os vários senhores feudais, sua principal responsabilidade durante estes anos foi o provisionamento das fortalezas acaias com cereais, que eram importados da Itália.[7][8]
Após 1330, seguindo a política papal, opôs-se aos catalães do Ducado de Atenas, repetidamente excomungando-os.[9] Embora até então um servo leal do principado, após a chegada de um novo bailio, Bertrando des Baux, no começo de 1336, suas relações com a administração principesca deteriorou rapidamente: Guilherme refutou prestar homenagem ao príncipe, e sua aquisição da cidadania romana assinalou um separação definitiva.[10] Consequentemente, quando Frangipani morreu em 1337, Bertrando liderou cerco para Patras esperando reduzi-lo à obediência antes da chegada de seu sucessor, Rogério. Papa Benedito XII reagiu ao declarar a cidade "terra da Santa Igreja Romana" e colocou o principado sob interdição. Como resultado, Bertrando retirou-se, e o arcebispo tornou-se independente, embora seus feudos seculares ainda deviam lealdade e serviços para o príncipe.[11][12]