Henricus Bebelius (1472-1518) | |
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poeta laureatus, 1501 | |
Nascimento | 1473 Ingstetten[1], perto de Justingen[2] Schelklingen, Alemanha |
Morte | 31 de março de 1518 (46 anos) Tübingen, Alemanha |
Nacionalidade | alemão |
Alma mater | Universidade de Tübingen |
Ocupação | Humanista e poeta alemão |
Heinrich Bebel (1472-1518) (sinonímia: Henricus Bebelius, Henricus Bebelius Justingensis, Henricus de Bewinden, Henricus Bewindanus), (1472 ou 1473 em Ingstetten, perto de Justingen — 31 de Março de 1518 em Tübingen) foi humanista e poeta alemão. Foi também professor de poesia e retórica da Universidade de Tübingen. Notabilizou-se principalmente por causa da sua obra Facetiæ (Facécias, 1506), uma curiosa coleção de fatos corriqueiros e bem humorados, dirigidos principalmente contra o clero. Escreveu também a Proverbia Germanica (1508) e Triumphus Veneris (O Triunfo de Venus, 1503), onde faz uma pequena sátira sobre a a corrupção da sua época. Foi contemporâneo e amigo de Erasmo de Roterdão e recebeu o título de poeta laureatus em 30 de Janeiro de 1501 por Maximiliano I pelos sua coletânea poemática[3].
Depois de seus estudos na Universidade Jaguelônica de Cracóvia, onde foi discípulo do poeta e filólogo Laurentius Corvinus[4] (1465-1527) entre 1492 e 1494, estudou posteriormente para a Universidade de Basileia, tendo como professor Sébastien Brant em 1495, viajando posteriormente para Tübingen onde aos 25 anos, no dia 2 de Abril de 1496[3] foi nomeado professor de eloquência na Universidade Eberhard Karl, fundada 20 anos antes, cargo, aliás, que ocupou até a sua morte.
Sua coleção de Facécias são, por assim dizer, curtos relatos históricos, alicerçado muitas vezes pela sua veia cômica, e algumas vezes com conteúdo erótico. A sua coletânea de provérbios (Proverbia Germanica) teve influência duradoura na Alemanha. Suas anedotas foram encenadas em teatros populares por poetas do século XVI tais como Jörg Wickram[5] e Hans Wilhelm Kirchhof[6], e se constituem uma fonte de história sobre os costumes de sua época.
Segundo Jacob Wimpheling[7] (1450-1528), e muitos outros, ele era o verdadeiro apaixonado e defensor do seu país (verus patriae ... amator ac defensor).[8]
Como frequentou os meios culturais de sua época fez amizades com Hieronymus Emser[9] (1477-1527), Beatus Rhenanus[10] (1485-1547), Johannes Reuchlin, Konrad Peutinger, Johannes Nauclerus[11] (1425-1510), Philipp Melanchthon e Johann Eck[12]
Foi um ardente patriota e entusiasta admirador do estilo e da eloquência.