O tratado intitulado Hypsiphrone ou Hipsifrone é o quarto tratado do Códice XI da Biblioteca de Nag Hammadi. Este códice é o mais curto de todos os encontrados em Nag Hammadi e está muito fragmentado. O texto pode ser considerado como literatura apocalíptica (ou de revelações), embora não se tenha uma ideia exata de qual revelação trata o texto por causa de sua condição fragmentária.
Hypsiphrone lembra a Sophia de sua queda do lugar de sua virgindade e seu regresso. O texto está estruturado em três partes:
Fainopes não aparece em nenhum outro texto de Nag Hammadi. Do prelúdio, infere-se que o tal Fainopes é irmão de Hypsiphrone (69,26)[1].
De acordo com a sua forma, Hypsiphrone é um típico livro de revelações, semelhante aos diálogos de revelação dos Gnósticos. Ainda que a terminologia não seja explicitamente igual à dos Setianos, ainda assim Hypsiphrone está inserida no meio Setiano da Gnosis: o nome Hypsiphrone lembra o nome Fronesis com o qual é chamado Eleleth no texto Setiano Hipóstase dos Arcontes[2]. A função de Eleleth é comparada em alguns poucos escritos Setianos com a de Sophia.
Hypsiphrone aparece novamente em Exposições Valentianas, também da Biblioteca de Nag Hammadi.