Ignacio Bernal e García Pimentel (Paris, França, 13 de fevereiro de 1910 - Cidade de México, 24 de janeiro de 1992) foi um antropólogo, pesquisador, doutor em arqueologia e académico mexicano.
Filho de pais mexicanos, Rafael Bernal Bernal e Rafaela García Pimentel quem era filha de Luis García Pimentel e neta de Joaquín García Icazbalceta. Realizou os seus primeiros estudos no Colégio Franco Inglês da Cidade de México e no Loyola College dos jesuitas em Montreal.[1] Estudou Jurisprudencia na Escola Livre de Direito da Cidade de México, após ontentar durante vários anos o sucesso em diferentes negócios, decidiu ingressar na Escola Nacional de Antropologia e História em 1946, obteve o mestrado em Ciências antropológicas e em 1949 o doutorado em Arqueologia na Universidade Nacional Autónoma de México. Após ter realizado diversas investigações e exercido diferentes cargos directivos, em 1975 obteve o mestrado em artes pela Universidade de Cambridge em Inglaterra.[2]
Foi discípulo e colaborador de Alfonso Caso, as suas primeiras investigações realizou-as na zona arqueológica de Monte Albán e continuou em Coixtlahuaca e Tamazulapan.[3] Utilizou um método combinado de etnohistoria e arqueologia para realizar os seus trabalhos, os quais se centraram no estudo do desenvolvimento das culturas zapoteca e mixteca, desde os períodos remotos até ao pós-clássico.
Bernal identificou mais de 200 achados arqueológicos no Vale de Oaxaca, orientou as escavações de Yagul e Dainzú. Na década de 1960 foi o director do projecto de escavação e restauração da zona arqueológica de Teotihuacan.[4]
- Chefe do Departamento de Antropologia do Mexico City College (1948-1959)
- Presidente da Quinta Mesa Redonda da Sociedade Mexicana de Antropologia (1951)
- Secretário geral do Instituto Nacional de Antropologia e História (1954-1955)
- Secretário da Sociedade Mexicana de Antropologia (1954-1962)
- Director de Cooperação Intelectual da Secretaria de Educação Pública (1955)
- Conselheiro Cultural da Embaixada de México em #o França (1955-1956)
- Delegado Permanente de México ante a Unesco (1955-1956)
- Director de Monumentos Prehispánicos do INAH (1956-1958)
- Membro da Comissão Internacional de Monumentos da Unesco, ICOMOS (1956-1968)
- Membro Nacional de ICOMOS (1967-1992)
- Subdirector Geral do Instituto Nacional de Antropologia e História (1958-1968)
- Presidente da LVIII Reunião Anual da American Anthropological Association, México (1959)
- Director do Projecto Teotihuacan (1962-1964)
- Presidente do XXXV Congresso Internacional da Sociedade de Americanistas (1962)
- Director do Corpus Antiquitatum Americanesium (1965-1992)
- Conselheiro do Centro de Estudos Históricos de México (1965-1992)
- Presidente da XI Mesa Redonda da Sociedade Mexicana de Antropologia, México (1965)
- Membro da Comissão Mexicana para a Unesco (1966-1992)
- Presidente da Comissão do Prêmio Nacional de Arte (1967)
- Presidente da Comissão de Monumentos do INAH (1968-1971)
- Director Geral do INAH (1968-1971)
- Conselheiro Honorario da American Indian Foundation de Nova York (1968-1990)
- Conselheiro Honorario, CEDAM (1967-1970)
- Presidente da Secção de Antropologia Instituto Panamericano de Geografia e História, IPGH (1968-1969)
- Comissário Geral de México ante a Unesco (1968-1970)
- Presidente da Society for American Archeology (1968-1969)
- Presidente da Comissão de História do IPGH (1969-1974)
- Presidente do Projecto Alemão Mexicano Povoa-Tlaxcala (1969-1975)
- Presidente do Comité Nacional Mexicano do ICOMOS (1967-1970)
- Vicepresidene do Conselho Internacional da Filosofia e das Ciências Humanísticas (1971-1975)
- Membro do Conselho do Museu Frisell, Mitla, Oaxaca (1970-1992)
- Membro do Comité Executivo da International Union of Anthropological and Ethnological Sciences (1972-1992)
- Membro do Conselho do Instituto Israelita (1975-1992)
- Fellow Corpus Christi College da Universidade de Cambridge (1975-1976)
- Membro do Patronato do Instituto Hispano Mexicano (1975-1992)
- Membro do Comité Mexicano de História da Arte (1976-1992)
- Sócio de Honra do Instituto Cultural Domecq (1977-1992)
- Membro do Conselho do Instituto Mexicano Norte-americano de Relações Culturais (19778-1992)
- Sócio Estrangeiro da National Academy of Sciences (1980-1992)
- Pesquisador do Instituto de Investigações Antropológicas (1980-1992).[3][5]
- Director Geral do Museu Nacional de Antropologia (1962-1968 e 1970-1977)
- Membro do Patronato do Museu Franz Mayer (1973-1992
- Membro do Patronato do Museu de Minneapolis Estados Unidos (1977-1992)
- Membro do Comité de Sponsors do Museum of American Indian, Nova York (1978-1992).[5]
- Co-director da Revista Tlalocan (1962-1971)
- Co-director do Boletim do INAH (1964-1968)
- Co-editor, Secção Arte Pré-hispánico, Handbook of Latin American Studies, Library of Congress, Washington D.C. (1956-1958)
- Conselheiro de revista-a Artes de México (1968-1984)
- University of Texas (USA), 1954
- Universidade de Paris, Sorbone, 1956
- Universidade de Porto Rico, 1957
- Universidade de Miami, 1958
- Universidade de Califórnia at Berkeley, 1958
- Harvard University, 1958
- University of Oregon, 1963
- University of London, Inglaterra, 1965 e 1976
- O Colégio de México
- Ricker Lecturer, Universidade de Arizona, março de 1971
- Regents Lecture, Universidade de Califórnia, abril de 1972
- Simón Bolívar Professor of Latin American Studies
- University of Cambridge, 1975-1976
- University of Oxford, 1976
- University of Essex, 1976
- Professor Honorario da Universidade das Américas (1976-1992)
Ingressou no Colégio Nacional em 4 de abril de 1969 com o discurso "Tehotihuacan e os destinos mexicanos".[6] Foi membro da Academia Mexicana da Língua.[5] Foi membro da Academia Mexicana da História, ocupou o cadeirão 14 de 1962 a 1992.[7] Recebeu o Prémio da Legião de Honra em França em 1964. Foi ganhador do Prémio Nacional de Ciências e Artes no área de História, Ciências Sociais e Filosofia em 1969.[8] Recebeu a Ordem Real de Vitória de Grã-Bretanha em 1975, bem como diversos reconhecimentos e honras de Itália, Alemanha, Dinamarca, Bélgica, Jugoslávia, Países Baixos e Senegal. Em 1971 ganhou a medalha Lucy Wharton Drexel da sociedade de Manhattan e em 1986 a medalha Kidder.[1]
Foi autor de mais de 260 publicações de arqueologia mesoamericana e de várias obras, entre as que destacam:
- A cerâmica preclásica de Monte Albán (1946)
- A cerâmica de Monte Albán IIIa (1949)
- Introdução à Arqueologia (1952)
- Explorações em Cuilapan de Guerreiro (1958)
- Tenochtitlán numa ilha (1959)
- Ancient Mexico in Colour (1968)
- Cem Obras Mestres do Museu Nacional de Antropologia e História (1969)
- Arte precolombino da América Central (1971)
- História da Arqueolgía em México (1979).
- Joaquín García Icazbalceta
- Luis García Pimentel
Referências
- MARTÍNEZ, José Luis Ignacio Bernal e García Pimentel (1910-1992) Academia Mexicana da História texto no site consultado o 20 de novembro de 2009