Intoxicação escombroide | |
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Molécula de histamina, a toxina responsável por essa intoxicação e por reações alérgicas. | |
Especialidade | medicina de urgência |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | T61.1 |
DiseasesDB | 31114 |
eMedicine | 818338 |
Leia o aviso médico |
Intoxicação escombroide é uma intoxicação alimentar associada ao consumo de peixe estragado.[1] É classificado como um intoxicação alimentar causada por frutos do mar, como a ciguatera.[2] A toxina responsável pela intoxicação é a histamina, formada na carne do peixe que começa a apodrecer. A histamina é um hormônio envolvido nas reações alérgicas, de modo que essa intoxicação alimentar costuma ser idêntica a uma alergia alimentar.
O nome desta síndrome é referência a família de peixes escombrídeos, que inclui as cavalas, os atuns e os bonitos, porque nas primeiras descrições da doença, observou-se uma associação com as espécies. No entanto, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) identificaram que peixes de outras famílias, tais como mahi-mahi e albacora, também causam essa síndrome.
A intoxicação escombroide pode ser causada pelo manuseio inadequado dos peixes durante o armazenamento ou processamento. Cozinhar o peixe não previne essa doença, porque a histamina não é destruída em temperaturas normais de cozimento.
Os sintomas ocorrem tipicamente por volta de 10 a 30 minutos posteriores a ingestão do peixe e são geralmente auto-limitados. Pessoas com asma são mais vulneráveis a problemas respiratórios, como chiado e espasmos brônquicos. No entanto, os sintomas podem demorar mais de duas horas após o consumo do peixe para aparecer. Geralmente duram cerca de 10 a 14 horas e raramente ultrapassam dois dias.
Os primeiros sinais dessa intoxicação são os mesmos de uma reacção alérgica grave com os seguintes sintomas:
Os sintomas acima pode avançar para:
No pior dos casos, a intoxicação pode causar:
O tratamento é na forma de cuidados sintomáticos de suporte. Se não há tontura, a vítima deve deitar com os pés elevados. Se não houver graves chiado respiratório, uma dose de adrenalina IM deve ser dada, de 0,5 a 1 ml em diluição de 1/1000 (padrão medico em emergências). Uma dose intravenosa de anti-histamínicos como a difenidramina podem ser usados, se necessário.