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Comuna | ||||
Localização | ||||
Localização de Issaguen em Marrocos | ||||
Coordenadas | 34° 55′ N, 4° 34′ O | |||
País | Marrocos | |||
Região (1997-2015) | Taza-Al Hoceima-Taounate | |||
Província | Al Hoceima | |||
Administração | ||||
Prefeito | M.M'Hamed Adbib | |||
Características geográficas | ||||
População total (2004) [1] | 31 349 hab. | |||
O número de habitantes refere-se ao total da comuna | ||||
Altitude | 620 m |
Issaguen (em árabe: اساكن), anteriormente chamada Ketama (كتامة) ou Kétama é uma comuna do norte de Marrocos, situada na parte ocidental da cordilheira do Rife, que faz parte da província de Al Hoceima e da região de Taza-Al Hoceima-Taounate.
No censo de 2004 há registo de três entidades administrativas relacionadas com Issaguen: a comuna rural homónima (com 13 787 habitantes), o núcleo urbano homónimo (1 638 habitantes) e a comuna de Ketama (15 924 habitantes). Partindo do princípio que todas essas entidades constituem atualmente (2012) a comuna de Issaguen, esta teria 31 349 habitantes em 2004.[1] Algumas fontes referem que Ketama é o nome da região, cujas principais localidades são Issaguen, também chamada muitas vezes de Ketama e a aldeia de Tleta Ketama, situada 8 km a sul da primeira, na estrada de Fez.[2] Ketama é igualmente o nome da tribo berbere à qual pertencem a maioria dos habitantes da região.
Situada junto ao Jbel Tidirhine, a montanha mais alta do Rife (2 456 m), no cruzamento do eixo rodoviário Xexuão-Al Hoceima com a estrada N509 que liga a Fez, Ketama foi uma pequena estância de desportos de inverno e de veraneio antes do grande desenvolvimento da cultura de cannabis e de produção de haxixe, sobretudo a partir dos anos 1970, o que levou a torná-la conhecida como a capital do kif (nome dado em Marrocos ao haxixe ou à mistura deste com tabaco) e a afastar os turistas devido à criminalidade associada à produção e tráfico de droga.[3][4] Ao contrário da generalidade do resto do país, frequentemente referido como um dos mais seguros do mundo para os turistas, a região de Ketama tem ou tinha reputação de ser perigosa para os turistas.[5] Em Marrocos, é comum os pequenos traficantes de haxixe de rua apresentarem-se aos desconhecidos como sendo "de Ketama".[2]
Na década de 2000, sob o impulso do rei Mohammed VI, a comuna e a pequena vila foi mudaram de nome e foi criado um polo urbano e turístico, um projeto integrado no programa de desenvolvimento da região rifenha que também tem como objetivo melhorar a imagem da região e a ela fazer voltar os turistas. Neste sentido, em 2008 foi renovado e reaberto o hotel de 4 estrelas.[3][4]
A produção de haxixe em Marrocos em geral e no Rife em particular tem uma longa tradição e o consumo dessa droga é habitual entre algumas tribos rifenhas.[2] Isso mesmo foi descrito por James Grey Jackson na sua obra Account of the Empire of Morocco, publicada em 1810.[2][6] Em 2003, estimava-se que a prdoução de haxixe fosse a principal exportação (não oficial, por ser ilegal) de Marrocos. No mesmo ano, estimava-se que a área dedicada à cultura de cannabis fosse de 250 000 hectares, o dobro da de 2000.[7]