Dos quatro irmãos Cottereau — Jean, Pierre, François e René — Jean, o segundo filho, era aquele chamado chouan ("o silencioso") pelo pai. Outros dizem que a sua alcunha tem origem numa imitação da coruja-do-mato (a chouette hulotte) que ele costumava usar como sinal de reconhecimento.[3] De forma menos lisonjeira, os jovens camaradas de Jean o apelidaram de "o menino mentiroso" (le Gars mentoux ou le garçon menteur).[4]
↑A sua certidão de nascimento está inscrita no registo paroquial de St. Berthevin (disponível online no site do Arquivo Departamental de Mayenne) da seguinte forma: "B.[batismo] de Jean Cottereau. Hoje, 31 de outubro de 1757, foi batizado pelo vigário desta paróquia. Ele nasceu ontem, filho legítimo de Pierre, fabricante de sapatos de madeira, e Jeanne Moyné Cottereau, sua esposa. Os padrinhos foram Pierre Amy, primo da criança, e Marie Crouillebois, também um primo da criança." Foi assinado pelo pai, a madrinha, um "J. Le Bourdais", possivelmente o vigário, e um "M. Gallot", outro padre.
↑George J. Hill, The Story of the War in La Vendée and the Little Chouannerie (New York: D. & J. Sadlier & Co. n.d.), pp. 179-180, 182-183.
↑Albert Soboul (dir.), Dictionnaire historique de la Révolution française, Quadrige/PUF, 1989, p. 218, entry on "Chouans/Chouannerie" by Roger Dupuy
↑No decurso das suas atividades como contrabandista, Jean Chouan demonstrou frequentemente a sua coragem. Sempre que se sentia intimidado ou assustado, tinha o hábito de dizer aos companheiros: “Não tenham medo; não há perigo”. Estas palavras, “não há perigo”, tornaram-se o seu lema, e ele repetia-as muitas vezes, às vezes sem razão. Isso explica o seu apelido de ‘mentiroso’.