Jerry Adriani | |
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Jerry Adriani em 1972 | |
Informações gerais | |
Nome completo | Jair Alves de Souza |
Também conhecido(a) como | Jerry |
Nascimento | 29 de janeiro de 1947 |
Local de nascimento | São Paulo, SP |
Morte | 23 de abril de 2017 (70 anos) |
Local de morte | Rio de Janeiro, RJ |
Nacionalidade | brasileiro |
Gênero(s) | |
Ocupação | Cantor |
Instrumento(s) | vocal, violão, guitarra, piano |
Período em atividade | 1964–2017 |
Outras ocupações | ator apresentador |
Afiliação(ões) | Raul Seixas Jovem Guarda |
Jerry Adriani, nome artístico de Jair Alves de Sousa (São Paulo, 29 de janeiro de 1947 – Rio de Janeiro, 23 de abril de 2017),[1] foi um cantor e ator brasileiro. Iniciou sua carreira como vocalista do conjunto Os Rebeldes. Depois apresentou na TV Tupi, de São Paulo, programas de rock e A Grande Parada, com Betty Faria, programa que apresentava intérpretes notórios da música brasileira.[2]
Nascido Jair Alves de Souza em 29 de janeiro de 1947 no bairro do Brás, na cidade de São Paulo,[1] começou a sua vida profissional em 1964, com a gravação do seu primeiro LP, Italianíssimo,[3] e no mesmo ano gravou seu segundo LP, Credi a Me. Seu nome artístico foi inspirado em dois artistas estrangeiros: o ator americano Jerry Lewis e o cantor italiano Adriano Celentano.[4]
Em 1965 lançou Um Grande Amor, seu primeiro disco gravado em português. Tornou-se apresentador do programa Excelsior a Go Go, na antiga TV Excelsior de São Paulo, ao lado do comunicador Luís Aguiar; apresentava músicas d'Os Vips, Os Incríveis, Trini Lopez, Cidinha Campos, entre outros.[5]
Entre 1967 e 1968, já na TV Tupi de São Paulo, passou a apresentar A Grande Parada, ao lado de artistas, como Neyde Aparecida, Zélia Hoffmann, Betty Faria e Marília Pera.[1] Era um musical ao vivo que apresentava grandes nomes da música popular brasileira.
No cinema participou de três filmes como ator/cantor: Essa Gatinha é Minha (com Peri Ribeiro e Anik Malvil), Jerry, A Grande Parada, Jerry em busca do tesouro (com Neyde Aparecida e os Pequenos Cantores da Guanabara).
Em 1969 recebeu o título de cidadão carioca.[6]
Foi responsável pela ida de Raul Seixas para o Rio de Janeiro. Eles eram amigos desde a época em que Raul tinha uma banda em Salvador, chamada Raulzito e os Panteras, que posteriormente foi a banda de apoio de Jerry durante três anos.[6] Entre as músicas que a banda tocava, ambas compostas por Raulzito, estão "Tudo Que É Bom Dura Pouco", "Tarde Demais" e "Doce, Doce Amor".[1]
Entre os anos de 1969 a 1971, Raul Seixas foi seu produtor, até iniciar a carreira solo.[1]
Na década de 1970, fez shows na Venezuela, Peru, Estados Unidos, México, Canadá e outros países.Em 1975, participou de um musical no Hotel Nacional, denominado Brazilian Follies, dirigido por Caribe Rocha, ficando um ano e meio em cartaz. Nesse período, incursionou pela soul music, gravando canções de Hyldon, Paulo César Barros[7] e Robson Jorge.[8]
Em julho de 1981 Jerry teve um de seus maiores públicos em apresentações ao ar livre. Contratado pelo radialista Marcos Niemeyer, ele fez um show no parque de exposição de Governador Valadares, em Minas, para mais de trinta mil pessoas. No dia do espetáculo, o cantor foi ao programa de variedades "Resenha do Jegue", que Marcos apresentava diariamente ao lado do saudoso comunicador Beto Teixeira na extinta Rádio Ibituruna de Valadares. Solícito, Jerry chegou a caminhar pelo centro da cidade abraçando fãs e distribuindo autógrafos.
No começo da década de 1990, gravou um disco que trazia de volta as origens do rock and roll, intitulado Elvis Vive, um tributo a Elvis Presley, sendo este o 24º disco da sua carreira.
Em 1994, a convite de Cecil Thiré, participou da novela 74.5: Uma Onda no Ar, produzida pela TV PLUS e exibida pela Rede Manchete,[9] exibida também em Portugal, com grande sucesso. Em 1999 lançou o álbum Forza Sempre, gravado apenas com músicas da banda Legião Urbana, em italiano. O álbum foi um de seus maiores sucessos na carreira pós Jovem Guarda, atingindo a marca de 200 mil cópias vendidas. A canção "Santa Luccia Luntana" foi incluída na trilha sonora da novela Terra Nostra.
Jerry Adriani morreu aos setenta anos, em 23 de abril de 2017, vítima de um câncer de pâncreas. A doença evoluiu rapidamente, depois de duas semanas de internação no Hospital Vitória da Barra da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro. Desde 2 de março, o cantor já vinha fazendo tratamento de uma trombose venosa na perna, mas continuou a fazer shows até o final do mês. Seu corpo foi sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier, no Caju.[10][1] Jerry tinha três filhos e um neto.[11]
Em 12 de setembro de 2023 a Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj) anunciou que recebeu o acervo do cantor e ator Jerry Adriani para preservação.[12]
Doados pelo diretor Thadeu Vivas, filho de Jerry, o acervo reúne letras de canções, instrumentos musicais e outros objetos importantes da carreira do artista. Será posteriormente inventariado e catalogado pela instituição, pra poder ser colocado a disposição de pesquisadores e especialistas.[12]
Como ator e cantor atuou em três filmes:
Foi indicado quatro vezes, na categoria cantor popular.