José Elias Garcia

José Elias Garcia

Elias Garcia
Nascimento 30 de dezembro de 1830
Cacilhas, Almada, Reino de Portugal Portugal
Morte 22 de abril de 1891 (60 anos)
Mártires, Lisboa, Reino de Portugal Portugal
Nacionalidade Português
Profissão Professor, jornalista, militar e político

José Elias Garcia (Almada, Cacilhas, 30 de dezembro de 1830Lisboa, Mártires, 22 de abril de 1891) foi um professor da Escola do Exército, jornalista, político republicano e coronel de engenharia do Exército Português.[1][2][3]

Foi filho de José Francisco Garcia, Chefe de Oficinas do Arsenal da Marinha que foi preso e perseguido pelos Miguelistas, tendo em 1833 protagonizado uma fuga da Cadeia do Limoeiro onde aguardava a condenação à morte, quando o filho José Elias Garcia tinha 3 anos de idade, e de sua mulher Maria Antónia de São José.[2][4][5]

Fundou em 1854 o periódico O Trabalho, a primeira publicação abertamente republicana em Portugal. Foi Vereador e em 1878 Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, onde tem uma Avenida com o seu nome. Foi eleito Deputado Reformista a partir de 1870 e Deputado Republicano em 1890.[1][3]

Foi Director da Associação dos Jornalistas e Escritores Portugueses. Colaborou na revista de pedagogia Froebel (1882-1884) dirigida por Feio Terenas.[6]

Membro da Maçonaria desde 1853, foi o 1.º e único Grão-Mestre interino, depois definitivo, da Federação Maçónica entre 1863 e 1869, 3.º e 5.º Presidente do Conselho da Ordem do Grande Oriente Lusitano de 1882 a 1884 e de 1887 a 1888 e 14.º Soberano Grande Comendador interino do Supremo Conselho afecto ao Grande Oriente Lusitano e 3.º Grão-Mestre interino do Grande Oriente Lusitano Unido de 1884 a 1886 e 16.º Soberano Grande Comendador interino, depois definitivo, do Supremo Conselho afecto ao Grande Oriente Lusitano e 5.º Grão-Mestre interino, depois definitivo, do Grande Oriente Lusitano Unido de 1887 a 1889.[7]

Casou a 20 de outubro de 1888, na Igreja de Santa Catarina, em Lisboa, com Palmira dos Anjos Garcia, natural de Lisboa, Conceição Nova, filha de Francisco José Garcia e de Maria José de Faria, de quem não teve filhos.[3][8]

Faleceu a 22 de abril de 1891, no Hotel Atlântico, Largo do Corpo Santo, freguesia dos Mártires, em Lisboa, aos 60 anos de idade, encontrando-se sepultado em jazigo, no Cemitério do Alto de São João, na mesma cidade.[3][9]

Referências

  1. a b «Busto de José Elias Garcia». www.cm-almada.pt. Câmara Municipal de Almada. Consultado em 2 de fevereiro de 2025. Cópia arquivada em 17 de novembro de 2024 
  2. a b «Registo de batismo de José Elias Garcia». adstb.dglab.gov.pt. Arquivo Distrital de Setúbal. 30 de janeiro de 2015. Consultado em 2 de fevereiro de 2025 
  3. a b c d «José Elias Garcia» (PDF). Biblioteca Nacional de Portugal. Diário Illustrado: 1. 23 de abril de 1891. Consultado em 2 de fevereiro de 2025 
  4. «Registos de baptismos da Paróquia de São Tiago (1829/1837)». digitarq.adstb.arquivos.pt. Arquivo Distrital de Setúbal. p. 32 v. Consultado em 2 de fevereiro de 2025 
  5. «Garcia, Elias (1830-) | Arquivo Histórico-Social / Projecto MOSCA». mosca-servidor.xdi.uevora.pt. Universidade de Évora. Consultado em 2 de fevereiro de 2025 
  6. Jorge Mangorrinha (21 de Março de 2012). «Ficha histórica: Froebel, revista de instrução primária (1882-1884)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 10 de Outubro de 2014 
  7. «Dirigentes das Maçonarias Portuguesas». Consultado em 2 de Fevereiro de 2015 
  8. «Registos de casamento da Paróquia de Santa Catarina (1883/1889)». digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. pp. 257 v., 258. Consultado em 2 de fevereiro de 2025 
  9. «Registos de óbito da Administração do Concelho de Lisboa - 2º Bairro (1880/1899)». digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. pp. 57, 57 v. Consultado em 2 de fevereiro de 2025 


Precedido por
Miguel Baptista Maciel
Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano Unido (Interino)
1884 – 1886
Sucedido por
António Augusto de Aguiar

Precedido por
António Augusto de Aguiar
Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano Unido (Interino, depois definitivo)
1887 – 1889
Sucedido por
Carlos Ramiro Coutinho
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